Sejam Bem-Vindos!

O Botequim é um espaço democrático e opinativo sobre os mais diversos assuntos, envolvendo a sociedade brasileira e o mundo.

Sejam Bem-vindos!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure


Vinícius de Moraes

domingo, 30 de outubro de 2011

INVOCAÇÃO À MULHER ÚNICA

Tu, pássaro - mulher de leite! Tu que carregas as lívidas glândulas do amor acima do sexo infinito
Tu, que perpetuas o desespero humano - alma desolada da noite sobre o frio das águas - tu
Tédio escuro, mal da vida - fonte! jamais... jamais... (que o poema receba as minhas lágrimas!...)
Dei-te um mistério: um ídolo, uma catedral, uma prece são menos reais que três partes sangrentas do meu coração em martírio
E hoje meu corpo nu estilhaça os espelhos e o mal está em mim e a minha carne é aguda
E eu trago crucificadas mil mulheres cuja santidade dependeria apenas de um gesto teu sobre o espaço em harmonia.
Pobre eu! sinto-me tão tu mesma, meu belo cisne, minha bela, bela garça, fêmea
Feita de diamantes e cuja postura lembra um templo adormecido numa velha madrugada de lua...
A minha ascendência de heróis: assassinos, ladrões, estupradores, onanistas - negações do bem: o Antigo Testamento! - a minha descendência
De poetas: puros, selvagens, líricos, inocentes: O Novo Testamento afirmações do bem: dúvida
(Dúvida mais fácil que a fé, mais transigente que a esperança, mais oporturna que a caridade
Dúvida, madrasta do gênio) - tudo, tudo se esboroa ante a visão do teu ventre púbere, alma do Pai, coração do Filho, carne do Santo Espírito, amém!
Tu, criança! cujo olhar faz crescer os brotos dos sulcos da terra - perpetuação do êxtase
Criatura, mais que nenhuma outra, porque nasceste fecundada pelos astros - mulher! tu que deitas o teu sangue
Quando os lobos uivam e as sereias desacordadas se amontoam pelas praias - mulher!
Mulher que eu amo, criança que amo, ser ignorado, essência perdida num ar de inverno.
Não me deixes morrer!... eu, homem - fruto da terra - eu, homem - fruto da carne
Eu que carrego o peso da tara e me rejubilo, eu que carrego os sinos do sêmen que se rejubilam à carne
Eu que sou um grito perdido no primeiro vazio à procura de um Deus que é o vazio ele mesmo!
Não me deixes partir... - as viagens remontam à vida!... e por que eu partiria se és a vida, se há em ti a viagem muito pura
A viagem do amor que não volta, a que me faz sonhar do mais fundo da minha poesia
Com uma grande extensão de corpo e alma - uma montanha imensa e desdobrada - por onde eu iria caminhando
Até o âmago e iria e beberia da fonte mais doce e me enlanguesceria e dormiria eternamente como uma múmia egípcia
No invólucro da Natureza que és tu mesma, coberto da tua pele que é a minha própria - oh mulher, espécie adorável da poesia eterna!

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Exposição reúne obras do modernismo no MAC-SP

Mostra reúne 150 obras de artistas como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Flávio de Carvalho, entre outros.

Segundo o discurso ensinado na escola, o modernismo brasileiro foi um movimento marcado pela Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, em 1922. Propunha a abolição da tradição e a criação de uma arte original, visceralmente brasileira. Fazia parte dessa filosofia voltar às origens, valorizando o indígena e a linguagem falada pelo povo. Os artistas ditos modernos chamavam para si a responsabilidade de construir uma identidade nacional.
Não se pode dizer que a definição esteja errada, mas o fato é que ela mais estereotipa do que representa todas as riquezas e contradições inerentes ao modernismo brasileiro. Para apresentar facetas pouco exploradas do movimento e questionar mitos a respeito dele, o Museu de Arte Contemporânea apresenta a mostra "Modernismos no Brasil". São 150 obras do acervo que propõem um olhar mais amplo e integral. Há contraponto também com obras internacionais de nomes como Pablo Picasso (1881-1973) e Paul Klee (1879-1940), mostrando influências e paralelos formais com os quais o modernismo flertou.
Em primeiro lugar, não se pode restringir o movimento a São Paulo, como prega a visão tradicional do livro "De Anita ao Museu" (1974), de Paulo Mendes de Almeida, que ainda é referência no assunto. Na exposição, há obras de Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), artista recifense ligado a temas da religiosidade, e de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), carioca, que retratou paisagens e festividades brasileiras. Ambos, vale frisar, participaram e semearam, em suas terras, as concepções e a filosofia do modernismo.
Filosofia, aliás, que nem sempre foi radical na prática. "O modernismo se propunha a romper fronteiras, mas o fato é que 99% dos artistas ainda se atinham aos suportes tradicionais como a pintura, o desenho e a escultura", diz Tadeu Chiarelli, curador da mostra. O que Chiarelli quer dizer é que os padrões das belas-artes, com poucas exceções, foram respeitados. Inclusive, pode-se ver nas produções modernistas as tradicionais alegorias, retratos, paisagens e naturezas-mortas.


Outra questão levantada é a diversidade das obras. A série de nove desenhos "Minha Mãe Morrendo" (1947), de Flávio de Carvalho (1899-1973), por exemplo, exibe um caráter performático ao escancarar o processo do ato de desenhar. É uma proposição diametralmente oposta à arte de Tarsila do Amaral, que tanto em "A Negra" (1923) como em outras obras, apresenta a criação, sem vislumbres do processo de produção. Apesar de serem suportes diferentes, o que teoricamente tornaria complicada uma comparação, o fato é que os dois artistas põem em jogo questões diversas, independentemente de participarem do mesmo movimento.
Da mesma forma, a exposição mostra a diversidade do trabalho de Di Cavalcanti (1897-1976), exibindo desenhos que passam longe do estereótipo de pintor de trabalhadores e minorias. Traços eróticos e surrealistas, movidos a impulsos motores, trazem uma perspectiva mais livre e experimental de seus desenhos. Essa liberdade formal também pode ser vista nas obras de Geraldo de Barros (1923-1998). Ao lado delas, na mostra, estão os trabalhos de Paul Klee, de quem Barros buscou referências de desenho infantil.
Apesar de se concentrar na questão da diversidade e dos mitos do movimento, "Modernismos no Brasil" traz um pouco da produção que, de fato, rompeu as fronteiras na arte. A obra "Plano em Superfícies Moduladas nº 2" (1956), de Lygia Clark, por exemplo, questiona os limites da tela ao extrapolar a própria moldura. É, aliás, uma das primeiras obras com a qual o visitante se depara ao entrar na exposição. O rompimento está ali. No resto da mostra, no entanto, ela vai ceder espaço para propostas muito mais conservadoras.

(Por IG – 20/10/2011)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Com Risco de Privatização, Aeroportuários entram em Greve Dia 20

Funcionários de aeroportos entram em greve nesta quinta-feira

A paralisação, protesto contra privatização de aeroportos, começa a partir da 0h de quinta-feira (20) e vai durar 48 horas
Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília decidiram fazer uma paralisação de 48 horas, a partir da 0h de quinta-feira (20), em protesto contra o processo de privatização dos terminais. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Marcelo Tavares disse que a greve trará transtornos aos passageiros, pois o sindicato espera a adesão de 90% dos trabalhadores dos três aeroportos.
“Infelizmente, os usuários dos aeroportos vão sofrer com atrasos. Apenas os trabalhadores em cargo de confiança não deverão participar da greve”, disse o diretor.
Cerca de 3 mil funcionários deverão cruzar os braços nos três aeroportos. Os setores de operações, administração e terminais de carga deverão ser os mais atingidos.
A transferência dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília à iniciativa privada deve começar em dezembro. Em agosto, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que já está sendo construído na região metropolitana de Natal, foi privatizado. O governo também estuda transferir para o setor privado a exploração de outros aeroportos internacionais, como Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.

(Por IG - Agência Brasil 18/10/2011 16:57)

A idéia de privatização de alguns serviços públicos essenciais à sociedade passa a ser a grande moda do pensamento desesperado de alguns seguimentos que, se já não estão saturados da inércia e incompetência dos gestores públicos, ou, pelo menos, postulam, num descaramento sórdido, a transferência de responsabilidades que muito mais dizem respeito ao Estado, numa tentativa de maquiar um problema que há muito tempo vem incomodando a sociedade brasileira; a má gestão de serviços públicos.
Há pouco tempo cogitou-se em privatizar a saúde brasileira, numa tentativa de transferir para o particular um problema de má gestão e má prestação nos atendimentos nos hospitais públicos brasileiros que, há décadas, vem maltratando o cidadão.
O governo, sem muito interesse em moralizar e humanizar os atendimentos nos hospitais, prefere vendar os olhos a um sistema simples de gestão: disponibilizar recursos ao setor e fiscalizar a aplicação desses recursos.
A disponibilização de recursos até acontece, mas o problema está no planejamento e, principalmente, na fiscalização.
A ausência de fiscalização propicia o surgimento de máfias que vão desde desvios de dinheiro público, apropriação indevida de remédios que deveriam ser distribuídos gratuitamente, má gestão e falta de manutenção nos equipamentos e o pagamento de funcionários fantasmas.
Portanto, para o governo, pode ser uma saída sórdida, mas para o cidadão, a privatização de serviços públicos essenciais, talvez, não seja garantia de prestação de bons serviços, mas sim a continuidade de um serviço chinfrim e desumano.
Assim como a saúde, cogitou-se a idéia de privatizar os aeroportos brasileiros. Quem viaja de avião e conhece outros aeroportos, como os principais da Europa e dos Estados Unidos, sabe que os do Brasil estão num nível muito abaixo para quem vai sediar uma copa do mundo e os jogos olímpicos. É novamente o governo tentando transferir sua incompetência para o setor privado.
É claro que os serviços nos aeroportos não são tão essenciais assim, comparando com os da saúde, mas não deixa de ser um indício, ou prenúncio, da transferência dos custos dos serviços ao cidadão, que já paga uma elevada carga de impostos. E se levarmos em conta que nossa cultura carece de fiscalização e de planejamento, então, a privatização de serviços essenciais pode ser uma faca de dois gumes.
O bom em tudo isso, talvez, seja pra quem for amigo do rei, ou parente, assim poderão multiplicar por 20 o patrimônio de suas empresas.
Coisas do Brasil.

(Por Franco Aldo – 19/10/2011 – às 11:30)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O CAMPEONATO QUE VAI DAR O QUE FALAR

O campeonato brasileiro de pontos corridos foi criado em 2003, e desde então, nunca o título brasileiro foi tão disputado, rodada por rodada, por tantos clubes como vem ocorrendo neste ano.
Alguns dizem que é devido ao baixo nível técnico dos jogadores, outros, porém, postulam que é devido ao bom momento econômico dos clubes e de suas parcerias, o que justificaria o retorno de vários bons jogadores do futebol internacional. Seja o que for, prefiro um campeonato desse tipo a um que alterne na liderança poucos clubes, pois um campeonato nessas características torna-se chato, muito previsível.
Daí, Corinthians, Vasco, Botafogo, Flamengo, Fluminense, São Paulo e Internacional são os clubes que, a cada rodada, disputam ponto-a-ponto a liderança da competição.
Acredito que o campeonato só se decidirá nas cinco rodadas finais, portanto muita emoção acontecerá.
O mais curioso é a disputa regional entre Rio e São Paulo. O Corinthians lidera a competição sem mostrar muita credibilidade, pois vem caindo de produção nos últimos confrontos. O São Paulo é uma incógnita, pois não consegue manter uma regularidade e está caindo de posição na tabela, atualmente está em sexto lugar, atrás de Fluminense, Flamengo, Botafogo e Vasco.
Pelo andar da carruagem, não é difícil acontecer dos quatro primeiros clubes serem do Rio, o que seria um fato inédito na história do campeonato.
Nesta quarta, o Botafogo pode assumir a liderança da competição se vencer o Santos, na Vila Belmiro, jogo adiado pela 21ª rodada.
No sábado o Fogão vai à Florianópolis encarar o chato Avaí, podendo se consolidar de vez líder do campeonato, mas essa trajetória não vai ser nada fácil. O Santos vive um mau momento na competição, mas contará com Neymar para estragar os planos do Glorioso. No Fogão, Renato desfalcará o time, pois cumprirá suspensão automática. Uma ausência importante que pode dificultar a vida do Fogão nessa reta final.
Já o Avaí, o time de Santa Catarina aprontou pra cima do Botafogo neste ano, na Ressacada, ao eliminá-lo da Copa do Brasil, num jogo onde a arbitragem visivelmente prejudicou o time carioca, portanto não será fácil.
Atenção então para as próximas rodadas da competição, pois muita emoção e polêmica podem ser motivos de muita discussão.

(Por Franco Aldo – 18/10/2011 – às 11:00hs)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESSE É O BOTAFOGO QUE EU GOSTO...

Corinthians 0 x 2 Botafogo

Glorioso consegue bela vitória fora de casa e chega a 49 pontos

Isso é Botafogo! O botafoguense sabe que tem que ter paixão para torcer pelo clube e que o Glorioso é capaz de se agigantar quando tudo parece complicado. Quatro jogos sem vitória, ausência do goleiro titular, erros absurdos de arbitragem, jogo contra o líder fora de casa, pressão, quase um tempo inteiro com um a menos... O time superou tudo ao vencer o Corinthians, por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Pacaembu, com gols de Loco Abreu e Maicosuel.

O Botafogo chega a 49 pontos no Campeonato Brasileiro com a bela e importante vitória. O próximo adversário é o Atlético-PR, domingo, no Stadium Rio. Cortês, suspenso, não poderá atuar.

(Por Danilo Santos – BFR)

O Botafogo venceu, ontem, o Corinthians, em pleno Pacaembu, por 2 X 0 e anunciou que vai brigar até o fim do campeonato pelo título brasileiro. Com gols de Loco Abreu e Maicossuel, o Glorioso ainda teve um gol mal anulado, logo no início do jogo.
O primeiro tempo do alvinegro carioca foi perfeito. Marcando a saída de bola do Corinthians e saindo em contra-ataques mortais, o Botafogo mostrou para o público presente no Pacaembu por que tem mais vitórias em cima do Timão nos confrontos diretos e assumiu a terceira colocação na tabela. Mesmo sem o goleiro Jefferson, que não conseguiu chegar a tempo para disputar a partida, Renan o substituiu a altura, fez, pelo menos, três grandes defesas na partida e contou com a sorte de uma bola no travessão, após cobrança de falta de Alex.
O próximo jogo do Fogão será no próximo domingo contra o Atlético Paranaense, no Engenhão, promessa de casa cheia.

(Por Franco Aldo – 13/10/2011 – 08:24hs)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

As Estrelas de Ronaldinho, Marcelo e Jefferson Garantem Vitória sobre o México

Mano elogia Jefferson, diz que 'ganhou' Hulk e fala em manter esquema

O goleiro Jefferson só entrou em campo contra o México, na terça-feira, porque Júlio César se machucou e foi cortado. O atacante Hulk jogou fora de posição e talvez nem tivesse a chance se Leandro Damião, Robinho e Pato não estivessem lesionados. Mas ambos aproveitaram bem a oportunidade e ganharam muitos pontos com Mano Menezes.

Após a vitória por 2 a 1, no Estádio Corona, em Torreón, o treinador elogiou ambos e falou de uma forma que leva a crer que haverá mais chances - para a dupla e também para o novo esquema tático.

"Nós precisamos ter cada vez mais jogadores titulares. Essa é a missão do selecionador: encontrar os grandes jogadores que farão parte de um grupo definitivo. E com o andar do trabalho, as vagas vão diminuindo... eles estão aproveitando as oportunidades", disse Mano.

"O Jefferson teve uma atuação brilhante. Ele defendeu a penalidade e uma cabeçada no segundo tempo que foi muito importante. Apareceu em momentos importantes, e o jogo é construído desses momentos", afirmou o treinador, que também foi questionado sobre a atuação de Hulk, um dos melhores em campo.

"Temos a convicção de que podemos ganhar um jogador a cada jogo, no mínimo. Assim é a preparação de um grupo", disse o técnico. Com Hulk, Neymar e Lucas, a seleção brasileira teve um ataque sem centroavante. Mano gostou de pode manter o trio ofensico.

"O futebol está requerendo mais. Temos que entender isso, estamos muito acostumados com o nosso homem de frente central, com o nosso jogador de beirada de campo. Não podemos mais seguir nessa linha, não estamos mais produzindo o suficiente em termos de criação", avaliou Mano, dando a entender pode manter o esquema.

O próximo jogo da seleção brasileira acontecerá em 10 de novembro, contra o Gabão, na capital Libreville.
(por Thiago Arantes, de Torreón (México), para o ESPN.com.br)

Os grandes nomes da virada do Brasil contra o México, ontem, em Torreón, foram o goleiro Jefferson, do Botafogo, o lateral Marcelo, do Real Madrid, e Hulk, do Porto. Ronaldinho Gaúcho, apesar de não ter jogado bem, fez um golaço de falta, empatando a partida.
Ainda jogando um futebol confuso, visivelmente desentrosado, o Brasil, no primeiro tempo, tomou um gol do México numa bola desviada pelo zagueiro David Luiz. Jefferson não teve culpa no lance.
O jogo foi movimentado, mas sem muitos lances de perigo. Ainda no primeiro tempo, Daniel Alves derrubou Javier Hernández dentro da área brasileira e o juiz marcou penalty, além de expulsar o lateral brasileiro. Guardado cobrou e Jefferson fez uma defesa espetacular, evitando o segundo gol mexicano.
O segundo tempo não foi muito diferente do primeiro, muita movimentação e poucos lances de perigo. O goleiro Jefferson ainda brilhou numa cabeçada mortal de Javier Hernández, a queima-roupa. Defesa monumental, digna de um goleiro da seleção brasileira.
Mas aos 33 minutos, Ronaldinho cobrou falta com perfeição e empatou a partida.
E quando tudo caminhava para um empate, Marcelo fez bela jogada pela esquerda, tabelou com Neymar, driblou a zaga mexicana e fuzilou o gol de Sánchez. Um golaço!
Alivio para Mano Menezes.
A vitória brasileira não empolgou muito, mas deixou algumas evidências no ar. Jefferson já há muito tempo merece ter sua chance de titular na seleção. Está numa fase espetacular, mas acho muito pouco provável que Mano deixe no banco o goleiro Júlio César da Inter de Milão.
Hulk também mostrou disposição e parece que tem vaga garantida nos próximos jogos.
A única boa notícia da noite foi a derrota da Argentina, por 1 X 0, para a Venezuela, pelas eliminatórias da Copa de 2014.

(Por Franco Aldo – 12/10/2011 – às 10:11hs)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

KISS Contra os Rumores do Passado

“KISS contra os rumores do passado”

Desde o seu surgimento os rumores têm sido uma constante na história do KISS, eternizando ainda mais os mitos que envolvem os integrantes de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.
O LP de Lyn Christopher, de 1973, contendo os backing vocals de Gene Simmons e Paul Stanley, inspirou o boato de que os membros e fundadores do KISS também contribuíram em outros álbuns secretamente, no início dos anos 70. Com a ascensão meteórica de sua carreira e turnês de proporções gigantescas, o comentário era de que a banda viajava sempre em dois aviões no intuito de preservar a continuidade do KISS em caso de desastre aéreo.
Em 1977-1978, em pleno auge, surge outro rumor de que a banda dispunha de um testamento para a partilha entre o KISS ARMY, na ocasião, o maior fã clube de entretenimento mundial, com aproximadamente 180.000 associados. A fortuna teria como destino seus fãs mais ardorosos, paralelamente à construção de um museu para a conservação de sua memória. O testamento, na verdade, consistia em uma matéria idealizada por uma famosa revista “teen” que valorizava o lúdico entre seus admiradores, com faixa etária menor.
O sucesso do KISS despertou a ira dos pastores da Igreja Batista, do sul dos USA, pois os jovens de seu rebanho, vulneráveis à nova sensação da indústria fonográfica, seriam afetados diretamente pelo fenômeno que varria o território norte-americano e o mundo. Uma cruzada, com a finalidade de deter os que ousassem participar daquela “manifestação malígna”, foi meticulosamente traçada pois K.I.S.S., em sua concepção, significava KIDS IN SATAN’s SERVICE, isto é, garotos à serviço de satã.
O universo KISS passou a ser motivo de especulação, sobretudo a imagem de Gene Simmons, que supostamente teria se submetido a um implante de língua de vaca ou, na melhor das hipóteses, a uma cirurgia para a extração do “freio” de sua língua , proporcionando assim uma desenvoltura maior e mais assustadora para suas encenações ao vivo.
Outra lenda clássica (e não menos absurda...) dizia que Paul Stanley era desprovido de suas orelhas. Fato realmente comprovado é a sua surdez parcial, admitida pelo próprio músico, assim como a intenção de se reunir os integrantes dos BEATLES no álbum solo de Gene Simmons.
Em 1979 o KISS explorava outras possibilidades para a dimensão de seus shows e o raio laser faria parte deste contexto através de um dispositivo que refletiria as luzes diretamente dos olhos de Paul Stanley. Por questões de segurança, o projeto de US$ 1.000.000 foi descartado durante a DYNASTY Tour que, segundo más línguas, contou com Anton Fig em um dos shows, caracterizado e maquiado como Peter Criss - em processo de saída devido à problemas de ordem pessoal.
Outro boato impactante recai sobre o álbum UNMASKED, de 1980, que consistiria basicamente em sobras do trabalho com Vini Poncia, no disco anterior.
Em CREATURES OF THE NIGHT pairou por muitos anos a dúvida sobre a real participação de Vincent Cusano nas gravações, que também contou com o talento de inúmeros músicos de estúdio.
Muito se falou nesta época sobre um mal estar no relacionamento com o MOTLEY CRUE enquanto políticos, religiosos e pais aqui no Brasil discutiam sobre a matança de pintinhos nos espetáculos do KISS, lembrança dos religiosos norte-americanos do sul. Eu, particularmente, tenho uma teoria sobre o surgimento deste boato, talvez o mais famoso da KISStória: Se você prestar atenção no registro do bootleg KISS MY AXE, de 1978, durante o solo de Ace Frehley, notará que o som emitido pelas engrenagens que levitam sua guitarra assemelham-se à pintinhos...provavelmente este ruído tenha sofrido um “processo fantasioso” em alguma mente desocupada e se espalhado da forma como conhecemos hoje.
Após os shows brasileiros do KISS em 1983, comentou-se muito sobre um apartamento comprado por Paul Stanley no Rio de Janeiro, o que nunca foi oficialmente confirmado.
Em 1988, nas páginas da revista MUSIC LIFE, foram estampadas pin-ups do Paul Stanley com o rosto extremamente abatido que, inevitavelmente, foram alvo de muitas dúvidas sobre o seu real estado de saúde. Isto é percebido no vídeo-clip de LET ME PUT THE X IN SEX e na própria capa do álbum SMASHES, THRASHES & HITS, onde ele posa com o rosto parcialmente encoberto por suas mãos...coincidência ?
Outra imagem intrigante é a de Eric Carr no vídeo-clip de GOD GAVE ROCK AND ROLL TO YOU, sua última aparição com o KISS, pouco antes de sua morte. Neste vídeo, Eric Carr, além de peruca, veste uma blusa preta com uma enorme cruz branca, o que deduz que o próprio músico temia pelo fim de sua vida.
Um rumor fortíssimo de 1996-1997, posteriormente confirmado por Gene Simmons, foi o fato do ambiente no KISS durante a REUNION Tour estar impraticável. Gene afirma que era torturante o convívio com Ace Frehley e Peter Criss e que viviam, única e exclusivamente de aparências e baseados em um acordo formal.
O que podemos concluir com todas estas supostas lendas é que uma banda do porte do KISS, exposto frequentemente à mídia, sempre será alvo dos holofotes da curiosidade alheia.

Fama é isso !

(Por Marcel Eisen - Equipe KISS ARMY BRASIL - KAB)

Com Calendário Bagunçado, Craques Desfalcam Clubes na Reta Final do Brasileirão

'Sem refresco', Mano ignora apelos e escala Ronaldinho e Neymar

O duelo contra o México, às 22h30, é uma exceção na trajetória de Mano Menezes na seleção brasileira.
Foram poucas as vezes em que o time nacional enfrentou rivais relevantes diante de suas próprias torcidas.
Nessas circunstâncias, o Brasil perdeu para a França em Paris e para a Alemanha em Sttuttgart, empatou com a Argentina em Córdoba e bateu os Estados Unidos em Nova Jersey, na estreia de Mano, em agosto do ano passado.
Na última sexta-feira, em San José o Brasil sofreu para bater a Costa Rica por 1 a 0, o que levou o próprio treinador a declarar que seria preciso "melhorar muito" para enfrentar a seleção mexicana.
Por tudo isso, o técnico vai escalar força máxima, sem dar descanso a Neymar, como ele mesmo cogitou após o triunfo sobre a Argentina.
Ontem, o atacante afirmou não ver problema. "Eu não me poupo. Se não estou machucado, quero jogar sempre", declarou o camisa 11.
Será o 58º jogo de Neymar no ano. O que tem incomodado o astro do Santos são as concentrações. "Às vezes, fico de saco cheio de ficar preso, sem ver a família. Mas não posso reclamar, é a profissão que escolhi", disse o artilheiro da era Mano, com oito gols.
Do Rio, o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, pediu para Mano não usar Ronaldinho nos 90 minutos ante o México. Isso porque pretende escalá-lo no dia seguinte, contra o Palmeiras. Mas ele também será titular.
Mesmo assim, o técnico fará seis mudanças na equipe em relação ao jogo contra a Costa Rica --vencido com uma atuação que até Mano classificou como ruim.
Daniel Alves e Marcelo voltam ao time, assim como Lucas Leiva e Fernandinho. Os laterais e os volantes foram poupados em San José.
No gol, a lesão e o consequente corte de Júlio César abriram espaço para Jefferson. Na frente, Hulk será testado no lugar de Fred.
Este será o 18º jogo de Mano Menezes no comando da seleção. O próximo rival será o Gabão, em 10 de novembro.
Na média, os adversários brasileiros ocupam o 34º lugar no ranking da Fifa --o Brasil é hoje o sétimo. A conta leva em consideração o lugar que o rival ocupava na lista no momento da partida.
Num ano em que a seleção enfrentou Escócia (50°), Romênia (53º), Venezuela (69º) e Costa Rica (57º), jogar contra o México (20º) dos jovens astros Chicharito Hernández e Giovanni dos Santos pode ser um teste bem útil para o treinador brasileiro.
Prova da importância que a partida de hoje tem para o Brasil é que Mano voltou a fechar um treino da equipe, prática que havia abandonado nos amistosos depois da Copa América --onde, aliás, o truque não funcionou.


(Por Folha.com 11/10/2011 - 06h00)

É sempre bom ver um jogo do Brasil, mas ultimamente o fraco futebol demonstrado pela seleção de Mano Meneses consegue irritar e dar uma sensação de sonolência terrível aos amantes do futebol. Além disso, os adversários, como a Costa Rica, são fraquíssimos e mesmo assim o Brasil não consegue mostrar um padrão de jogo, muito menos agradar e fazer gols.
Será que esses amistosos são oportunos? Será que são necessários?
Necessários talvez, mas não são nada oportunos. Quem perde com isso são os clubes brasileiros que na reta final do brasileirão tem jogar desfalcados de seus grandes ídolos, tome o exemplo do Santos, sem Neymar, do São Paulo, sem Lucas, do Flamengo, sem Ronaldinho, ou então, do Botafogo, sem o goleiro Jeferson.
O caso mais curioso é o fretamento do avião para que craques como Ronaldinho Gaúcho cheguem a tempo de jogar na quarta pelos seus clubes, depois do jogo contra o México! Isso é um absurdo!
Os dirigentes dos clubes em vez de questionar uma paralisação no brasileirão, quando dos jogos da seleção, preferem não bater de frente com a CBF e sacrificar seus jogadores! Haja musculatura para agüentar a maratona de jogos. Isso tudo é o reflexo da desorganização do calendário do futebol nacional.
A CBF não está nada preocupada com a organização do futebol doméstico. Faz um calendário de qualquer jeito e depois “a gente faz uns ajustes aqui e outro ali”. Todo ano é assim.
Essa maratona de jogos da seleção brasileira é ridícula. É inoportuna.
Para piorar, a seleção de Mano, até agora, não mostrou padrão de jogo algum, porque Mano não consegue repetir uma escalação sequer. Todo jogo tem alguma novidade.
O certo mesmo é que se for um jogo importante, Mano recorre aos medalhões da Europa. Mesmo assim, o desentrosamento é visível.
De concreto é que algumas posições já estão começando a se tornar questionáveis, como a posição de goleiro. Jeferson está em muito melhor fase do que Júlio César, mas dificilmente Mano barrará o goleiro da Inter de Milão.
Tirando a dupla de zaga, Lúcio e Thiago Silva, e os laterais direitos, Daniel Alves e Maicon, o resto das posições está em aberto.
O jogo de hoje tem tudo para ser um pouco melhor do que o da Costa Rica, mas não podemos esperar muita coisa, a não ser uma jogada isolada de algum craque, como aquela chaleira de Leandro Damião contra a Argentina.
Mas, pena que Damião está fora, está machucado, entretanto, Ronaldinho e Neymar são sempre esperanças de boas jogadas.

(Por Franco Aldo – 11/10/2011 – às 09:51hs)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PROSTRAÇÃO, CALOR, BOTAFOGO... TRISTEZA.

A semana que passou, para mim, foi um horror. Um forte calor, uma ociosidade deprimente e a expectativa de um futuro ainda mais desolador, ocioso. Perdi as contas de quantas vezes fui à livraria, perdido, sem saber o que estava procurando. Olhei para os livros e era como se todos eles fossem de um mesmo autor, o Sr Indiferença.
Estava com um exemplar de um livro qualquer nas mãos quando percebi a aproximação de duas senhoras que falavam alto. Uma disse pra outra:

– Ah, fulana, Como eu gostava de ler!...

Ouvi e não dei muita a atenção, mas depois, parece que aquelas palavras entravam nos meus ouvidos como agulhas incandescentes.
Como uma pessoa perde o gosto pela leitura? Indaguei-me perplexo.
Das duas uma, ou essa pessoa nunca soube o que é leitura, na verdade não lia nada, ou, algo muito traumatizante fez com que nossa adorável senhora perdesse o estímulo pelas letras.
Disso, prefiro acreditar na primeira, pois pela alegria nos olhos da senhora que gostava de ler, acho muito pouco provável que tenha sofrido algo tão terrível.
Meu estado de prostração continuou, o calor continuou, a ociosidade mais ainda...
Talvez a única coisa que pudesse salvar meu fim de semana fosse o meu Fogão, mas no sábado, assisti a mais um fiasco alvinegro, o Botafogo conseguiu empatar com o Bahia, por 2 X 2, em casa. Pra piorar, o medíocre jogador Souza ainda tirou onda, sem respeito algum com as tradições do Glorioso; talvez seja por isso que ele esteja em franca decadência na carreira.
Paciência. Não é com um time mais ou menos que se ganha um campeonato brasileiro, mas com um forte e competente elenco, aliado a uma camisa que tem a obrigação de causar medo no adversário. Nada disso tem o Botafogo.
Já no domingo, o Flamengo conseguiu uma surpreendente vitória em cima do Flu. A vitória rubro-negra disse muita coisa: o Flamengo não perde um clássico há mais de um ano, o Fluminense ainda não venceu um clássico neste ano, o Flamengo, sem Ronaldinho, arranca e é favorito ao título; tem camisa, tem elenco e tem torcida. Bottinelli, que entrou no segundo tempo no lugar de Maldonado, marcou dois golaços de fora da área: um de falta e outro num chute cheio de efeito.
O mais curioso é que até então, o Fluminense jogava melhor, mas foi num penalty não marcado em cima de Márcio Rosário e num lance com falta duvidosa, de Lanzini em cima de Luis Philipe, que surgiu a figura do árbitro, Felipe Gomes da Silva. Com o gol de Bottinelli na cobrança da falta, o Fluminense se desequilibrou em campo e não demorou a vir o terceiro.
A partir daí, a pressão sobre Felipe Gomes veio por todos os lados e a coisa ficou ainda pior quando Souza foi expulso, já no finzinho da partida, aliás, expulsão também duvidosa. Abel foi expulso, mas continuou em campo, xingando e esbravejando. Rafael Moura foi agredido pelo árbitro.
O árbitro Felipe Gomes da Silva mostrou-se incompetente e sem preparo emocional para dirigir uma partida como o Fla-Flu. O técnico Abel perdeu a cabeça ao ficar em campo, desrespeitando a decisão do juiz. Com certeza isso vai dar algumas partidas extras fora do comando do Flu.
Aliás, o imprevisto é o que torna o futebol um esporte apaixonante, como os dois gols do reserva Bottinelli, mas existem coisas que são previsíveis, por exemplo, xingar o juiz da partida com alegação de má intenção. Isso só pode dar expulsão. O pior é que, pelo menos aqui no Brasil, nunca vi um juiz ser punido (severamente) por dirigir má uma partida, com as alegações dos técnicos perdedores. O fato é que raramente árbitros, como Felipe Gomes da Silva, são realmente punidos, e quem perde com tudo isso é o bom futebol e o Fluminense. Além do mais, esse mesmo árbitro apitará novamente outro jogo do Fluminense, querem apostar?
Seja como for, o resultado já está escrito na história.
Vamos para outra semana, só que esta, pelo menos, tenho a expectativa de ser bem melhor.

(Por Franco Aldo – 10/10/2011 – 09:36hs)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

E o Nobel de Literatura vai para...

O sueco Tomas Tranströmer foi o ganhador do Nobel de Literatura 2011. O anúncio foi feito pela Academia Sueca, nesta quinta-feira, 06. Em seu site, a academia disse que o autor foi lembrado "porque, por meio de suas imagens condensadas, translúcidas, ele nos dá um novo acesso à realidade."
Tranströmer nasceu em 1931 e após veicular poemas em vários jornais, publicou seu primeiro livro '17 Poemas', em 1954. A academia afirmou em comunicado que com suas seletas de poesias posteriores, foi consolidando o nome como um dos principais poetas da atualidade.
Ele já foi traduzido em mais de sessenta línguas, embora nunca tenha sido publicado no Brasil ou possuído traduções em português. Periodicamente, ele mesmo elabora versões de seus poemas em outras línguas, lembra a academia. Como em anos anteriores, o nome do autor figurava entre os favoritos e foi recebido com uma pequena comemoração no auditório onde seu nome foi anunciado.

(Por Estadão. Com 06/10/2011)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

GOVERNO FINGE PREOCUPAÇÃO COM OS ALTOS SALÁRIOS DO FUNCIONALISMO

Governo quer limitar teto do funcionalismo


O governo não quer mais pagar a conta dos chamados supersalários. A Casa Civil enviará este ano ao Congresso um projeto para regulamentar o teto salarial dos servidores públicos nos três Poderes. Hoje, o limite equivale à remuneração de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 26,7 mil.

A Constituição diz que o vencimento no Executivo, no Legislativo e no Judiciário não pode ultrapassar o limite legal. Mas nenhuma lei define quais benefícios são classificados como salário. Resultado: cada Poder cria seu entendimento e frequentemente paga além do teto.

A ausência de um critério único criou uma elite ironicamente batizada de "sem-teto". Há autoridades cujos vencimentos rompem a marca dos R$ 60 mil. Essa seria a quantia recebida pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), conforme estimativa do Ministério Público Federal. A conta inclui o salário mensal de R$ 26,7 mil e mais duas aposentadorias, uma do Tribunal de Justiça do Maranhão e outra como ex-governador do Estado. Procurada, a assessoria de imprensa de Sarney não se pronunciou.

Segundo o texto do projeto da Casa Civil, "serão consideradas remuneração verbas referentes a aposentadoria ou pensão especial dadas a agentes políticos". A versão final está sendo costurada pessoalmente pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, autora de iniciativa semelhante no início do ano, quando ainda era senadora. A Folha apurou que ela fará apenas pequenos ajustes na versão original. O Planalto decidiu enviar um projeto próprio para evitar contestações futuras, já que cabe ao Executivo apresentar esse tipo de norma.

CRITÉRIOS - Conforme a versão atual, contarão como remuneração adicionais de tempo de serviço, gratificações, abonos, subsídios e pagamento de 14º e 15º salários. Pela proposta, um servidor aposentado contratado para uma função comissionada não receberia o novo salário se sua aposentadoria já atingisse o teto do Supremo. A União terá um sistema para monitorar os excessos.

A gratificação extra paga a autoridades públicas que participam de conselhos de administração em estatais, o chamado "jeton", também entrará na conta do teto. A medida, se aprovada, pode cortar quantias expressivas nos rendimentos de ministros. No Judiciário, o ministro do STF pode superar o teto do qual é parâmetro se integrar o Tribunal Superior Eleitoral.


Autoria: Folha de São Paulo

Isso eu pago para ver.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Debaixo d'água, O Guns N' Roses Encerra o 4º Rock in Rio

O show do Guns N’ Roses, com certeza, era um dos mais esperados no Rock in Rio 2011. A banda norte-americana entrou no palco por volta das 02:30hs da madrugada desta segunda-feira, debaixo de uma tempestade.
Apesar de não ter assistido a todo o show, três coisas marcaram a apresentação da banda: a forte chuva que lavou e decretou o fim do festival; a longa apresentação do grupo, o show teve mais de 02h e 30min de espetáculo e a aparência bizarra de Axl Rose, velho e com uma capa de chuva amarela.
Apesar disso tudo, a chuva não conseguiu estragar o show, pelo menos não ao todo, pois quem estava no palco, afinal de contas, era o Guns N’ Roses, e isso já era um prenúncio, apesar dos escorregões e da falta de voz de Axl, de um grande show.
Foi nítido o esforço da banda de fechar em grande estilo o festival, mas a chuva, o cansaço e o frio fizeram com que muita gente fosse embora logo após o show do System of Down, mas mesmo assim, quem ficou não se arrependeu, o Guns tocou todos os seus sucessos, como:

Chinese Democracy
Welcome to the Jungle
It’s So Easy
Brownstone
Sorry
Richard Fortus Solo
Live & Let Die
Rocket Queen
This I Love
DJ Ashba Solo
Sweet Child O’Mine
Estranged
Better
Dizzy Solo
Street of Dreams
You Could Be Mine
November Rain
Bumblefoot Solo
Knocking on Heaven’s Door
Nightrain
Patience
Paradise City


Longe de ser o Guns N’ Roses do fim dos anos 80 e início dos 90, quem ficou na chuva (podendo pegar uma pneumonia) ou quem assistiu em casa (sem a catarse e fervor do ao vivo), gostou do que viu, até porque, não poderia esperar nada comparável ao que foi, um dia, o jovem e problemático Axl dos anos 90.
Portanto, mesmo com as bizarrices do show, um velho e acabado Axl contentou uma platéia cansada e madura, apesar do frio e de um show que parecia não ter fim.

(Por Franco Aldo – 03/10/2011 – às 10:20hs)

domingo, 2 de outubro de 2011

Galeria de Ídolos do Glorioso: HELENO DE FREITAS

Temperamental, gênio explosivo que o lavava a ser expulso de campo com freqüência e o ajudava a conquistar inimigos, às vezes até dentro do próprio grupo de trabalho. Heleno de Freitas é um dos grandes ídolos do Botafogo por seu talento e obsessão pela perfeição.
Formado em advocacia, sua fama de boêmio e de bom “vivant” não o impediu de ser, em 11 anos de carreira, um jogador de primeira grandeza do futebol brasileiro e reconhecido como um dos maiores craques sul-americanos.
Apesar de suas virtudes, ele se tornava intratável, quando algo dava errado em campo. Considerado o primeiro craque problema do futebol brasileiro, Heleno perdia o controle principalmente quando o chamavam de Gilda, personagem temperamental de Rita Hayworth, em filme de sucesso dos meados da década de 40. Apesar disso, foi o símbolo de um Botafogo guerreiro, que nunca se dava por vencido. Chegou ao time principal em 1937, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite e não decepcionou.
Mesmo sem nunca ter sido campeão pelo Glorioso, marcou sua passagem com 204 gols em 233 jogos, tornando-se o quarto maior artilheiro do clube. Em 1948, foi vendido ao Boca Juniors, da Argentina.
Heleno, nascido dia 12 de dezembro de 1920, em São João Neponuceno (MG), jogou também no Vasco (campeão estadual, em 49) no Atlético de Barranquila (Colômbia), no Santos, e encerrou sua carreira, já doente, no América. Pela seleção brasileira, disputou partidas, tendo marcado 15 gols. Internado em um sanatório em Barbacena, em 1953, morreu dia 8 de novembro de 1959.

‘Heleno de Freitas viveu em conflito com o universo do futebol, amado como um deus, censurado como o demônio: era o fantasma dos árbitros, o gênio da bola aos olhos dos catedráticos do futebol, o desafeto das torcidas e o galã irresistível das mocinhas de Copacabana que lhe namoravam a elegância, a rebeldia, o anel de doutor em Direito e a fama.’

(Armando Nogueira)