Sejam Bem-Vindos!

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Van Halen anuncia novo álbum e turnê com Dave Lee Roth

A banda norte-americana de hard rock Van Halen anunciou nesta segunda-feira em seu site que fará uma turnê em 2012. Os ingressos começam a ser vendidos a partir do dia 10 de janeiro, mas não foram divulgadas as informações sobre locais e datas da excursão.
Além da turnê, o Van Halen irá lançar um álbum de inéditas. O disco, que foi produzido por John Shanks, marcará o retorno do vocalista Dave Lee Roth, depois de 28 anos sem gravar com a banda.
O novo álbum vai ser o primeiro disco em estúdio desde de 1998, quando foi lançado "Van Halen III", com Gary Cherone como vocalista.
O último disco com a participação de Roth foi "1984", lançado em 1983 e que trazia o hit "Jump" como carro-chefe.
A última turnê da banda --já com Roth de volta ao grupo-- arrecadou US$ 93 milhões (cerca de R$ 162 milhões) em 2008.

(Por Folha.com - 26/12/2011)

Após os festejos do Natal, aguardamos o fim de 2011 na perspectiva de um 2012 cheio de paz e saúde. Mas, enquanto o ano-novo não chega, surge a boa notícia para os amantes do Rock, o lançamento do novo disco do VAN HALEN e o anúncio de sua turnê para 2012.
Além da turnê e do novo álbum de estúdio, o mais bacana é o retorno do vocalista Dave Lee Roth que ficou bem conhecido por todo mundo ao entoar o simgle "JUMP" de 1984, que talvez seja o grande sucesso da banda até hoje.
Vamos, então, torcer para que o Brasil esteja na rota da turnê do VAN HALEN.

(Por Franco Aldo - 26/12/2011 - 17:05hs)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CONTO: Coisas da Vida




Os sinos da pequena igrejinha batiam missa das sete. O Senhor Carlos Ramos de Souza se prepara junto com sua família de sete filhos para a hora da oração. Seguem como em procissão o caminho de casa rumo à pequena igrejinha recém construída. Dona Emília Ramos de Souza junto com os filhos menores seguem seu Carlos e os filhos mais velhos, Mateus e Joaquim.

A rotina da família, aos domingos, sempre seguia o mesmo ritual. Depois do almoço especial de domingo, seguia a preparação para o período da tarde. Seu Carlos, além de Mateus e Joaquim, tinha também Flavinha de seis, Patrícia de cinco, Ricardo de quatro, José Lourenço de três e o menor Paulo Vítor de dois. Família sempre unida pelos dogmas católicos.

Os anos passaram e aumentaram ainda mais a convivência e os laços com os ideais do catolicismo. Flávia, a Flavinha, já moça feita, linda, de olhos verdes, corpo jeitoso e sensual, arrancava suspiros de todos os mancebos da comunidade. Menina de respeito, devotada, era filha do Senhor Carlos, e isso já dizia tudo. Muitos tentaram conquistar o jovem coração da bela moça. Mas todos falharam.

Flávia, mesmo que quisesse se aventurar num amor sem futuro, sofria as restrições de sua mãe, Dona Emília. Os pais sabiam do tesouro que possuíam, e por isso, adotavam a então fiscalização cabresta. O Marquinho, filho de Nhonhoca, se aventurou por estas bandas, e logo desistiu. Na esperança de alguns minutos com a donzela, viu a árdua tarefa que lhe esperava. Abandonou a idéia de se aproximar da Flavinha. Mas, e a Flavinha? O que sentia diante de tudo isso? Seu coraçãozinho não batia por alguém? Não sentia ímpetos de se libertar de todo aquele controle besta de pais ciumentos? Coisas da criação.

Flavinha moça pulsante, bela, sensual e fogosa. Possuía desejos ardentes, iguais aos das donzelas da novela das oito. Tinha fantasias das mais loucas e incríveis. Sentia um desejo errante de se entregar ao seu priminho Vitor, de quatorze anos; moleque bonito, forte e bobo. Não sabia o que fazer caso possuísse todo aquele símbolo de desejo. Mas tudo não passava de apenas desejos, insinuações, esfrega-esfrega. Coisas de adolescentes; mas a libido de Flávia, até então, presa, contida como um animal enjaulado estava prestes a se libertar.

A vida dos Ramos e Souza seguia seu rumo pacato e religioso.

Antonio Correia, chefe de um grupo de evangelização dentro da comunidade, recém chegado do Amazonas, logo se enturmou com as tradicionais famílias da comunidade. Pai de família, casado com dona Celestina, tinha três filhos.

Antonio Correia era o exemplo de devoção e amor ao próximo. Largou todas as suas aspirações no Amazonas para se dedicar à vida religiosa, à evangelização do mais necessitado. A busca de uma transformação social.

A intimidade com os Ramos e Souza foi inevitável. A amizade, a confiança e os vínculos de fraternidade uniram as famílias como se fossem apenas uma. Almoçavam juntos, rezavam juntos, se divertiam juntos. Juntos, passavam a maior parte das horas.

Dona Celestina, mulher prendada, ensinava receitas caseiras de comidas variadas à Dona Emília. Os filhos de Antonio Correia logo fizeram amizade com os de Carlos Ramos. Não demorou muito a surgir suspeitas de namoro entre os mais sisudos. E assim a vida seguia, seguia...

Muitos apertos as famílias passaram juntas. Certa vez, Flavinha ficou doente. Doente de cama. Sem condições nem de levantar. Antonio Correia, enfermeiro de tempos antigos, tomou conta da situação. Resolveu cuidar especialmente da moça. Com muito carinho, aplicava a injeção indesejada no bumbum redondo de Flavinha. Função que só um membro da família, com espírito puro e respeito, poderia desempenhar sem esperança de gozo, muito menos de proveito.

Outra vez, o mesmo Antonio Correia decidiu esperar o termino das orações, que já se iam pelas onze da noite, para dar carona, em sua charrete, para Dona Emília e sua filha Flavinha.

Os anos se passaram.

Seu Carlos Ramos e Dona Emília envelheciam. Envelheciam felizes em suas convicções de vida, naquilo que acreditavam. Em tudo aquilo que tinham feito e construído. Seus filhos bem criados estavam a caminho de um futuro próspero. Estavam bem adiantados em questões de amor. Mateus, considerado o mais feio dos irmãos, tinha uma cabrinha de estimação que não largava nunca. Dizia Maurício Sapão que o ingênuo animal servia aos anseios libidinosos de Mateus, ato nunca comprovado por ninguém. Cada irmão tinha uma história pra contar. Flavinha, a filha mais velha, devota das confianças de Dona Emília, até então, moça acima de qualquer suspeita. Mesmo quando Noca flagrou-a com um cabo de guarda-chuva dentro de suas vergonhas, não mereceu o descrédito de ninguém, até porque ninguém ficou sabendo. A moiçola, de dezenove anos, estava a ponto de receber marido pra casar. Os pais já matutavam pretendentes para encaminhar de vez a filha fértil.

Dona Emília sofria de pressão alta, senhora já de cinqüenta e um anos. Mulher forte e simples. Tomava chá em sua cadeirinha de balanço, quando recebeu a visita do Senhor Antonio Correia.

Expressão grave e pesada. O irmão evangelizador não trazia boas novas...

Após o desabafo de Antonio Correia, Dona Emília deixou a xícara de chá quente cair sob seu colo. O choque da notícia foi mais forte que a quentura do chá feito na hora.

Antonio Correia deixou a velha senhora estática, olhos fixos, sem palavra. A vida tinha se esvaído de seu corpo. Dona Emília tinha sido assassinada...

Dias depois, Flavinha arrumava sua mala com seus pertences. Na mala iam as lembranças de seus dias felizes na casa de seus pais. No bucho a lembrança infeliz do impulso incontrolado com o homem de outra mulher.

Todos ficaram chocados com a traição de Antonio Correia e de Flávia.

Dona Celestina, envergonhada, pegou os filhos e se mandou para o Amazonas.

Seu Carlos Ramos ainda não compreendeu bem o que se passou, e sempre pergunta a Patrícia o destino da filha mais velha.

Dona Emília, porém, faleceu ontem de manhã por desgosto pela perda da filha.

domingo, 18 de dezembro de 2011

BARCELONA X SANTOS

Assisti ao jogo Santos X Barcelona. E o inveitável aconteceu: mais um passeio do timaço Catalão, 4 X 0 Barça.
Mas pude concluir aquilo que todo mundo já sabia, o Barcelona tem um toque de bola assustador. A posse de bola ficou acima dos 75%. Dessa feita, fica quase impossível o time adversário se impor. O resultado de tudo isso foi o sumiço do Neymar que nada pode fazer, aliás, o Messi é o melhor ...do mundo não é à toa. Sem a companhia de Iniesta, Xavi e Fábregas, acredito que Messi seja apenas um bom jogador, e isso tudo é comprovado nas suas modestas atuações na Seleção Argentina.
Seja como for, é lindo ver o Barcelona jogar. Dá gosto! É como se fosse uma engrenagem, uma máquina perfeita, onde cada jogador é uma peça fundamental, perfeitamente polida para o encaixe minimamente calculado. É raro surgir um time como esse!

sábado, 17 de dezembro de 2011

CARNAVAL DE LUTO

Morre o carnavalesco Joãosinho Trinta, aos 78 anos

O carnavalesco Joãosinho Trinta, 78, morreu neste sábado. Ele estava internado desde o último dia 3 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do UDI Hospital, em São Luís (MA), cidade onde nasceu. Fiel à máxima de que "Pobre não gosta de pobreza, gosta de luxo", o maranhense foi um dos responsáveis por modernizar o Carnaval do Rio.
Segundo boletim divulgado pelo hospital, a causa da morte foi choque séptico secundário a pneumonia e infecção urinária.
O corpo do carnavalesco será velado nesta tarde no Museu Histórico e Artístico do Maranhão e no domingo à noite, deverá ser levado para o teatro Arthur Azevedo, seguido de cortejo. O enterro está previsto para segunda, no Cemitério do Gavião, às 10h30.
Nascido João Clemente Jorge Trinta, em 1933, o carnavalesco, artista plástico, cenógrafo e bailarino chegou a capital carioca em 1951, aos 18 anos --antes disso trabalhava como escriturário. Cinco anos depois, passou a integrar o Balé do Teatro Municipal do Rio. Amigo do poeta Ferreira Gullar, chegou a dividir um apartamento no Catete com o conterrâneo.
Em 1963 ingressou na Acadêmicos do Salgueiro e ajudou o carnavalesco Arlindo Rodrigues com o enredo "Xica da Silva" (samba-enredo de Anescarzinho do Salgueiro e Noel Rosa de Oliveira). A escola foi campeã.
Criador dos grandes carros alegóricos, só foi "assinar" um desfile como carnavalesco em 1974, também para o Salgueiro.
Membro da equipe de Fernando Pamplona, Trinta ajudou a transformar os desfiles no que são hoje. Perderam espaço os passistas que desfilavam livres no chão, sem carros alegóricos ou fantasias mirabolantes, ao som de sambas sincopados, para dar espaço a espécie de "ópera popular", em que as alas desfilam em blocos seguindo coreografias moldadas à risca para contar o enredo da escola.
Repleta de sucessos, a carreira de Trinta como carnavalesco foi polêmica.
Em 1989, a Beija Flor de Nilópolis, então sob o comando do carnavalesco, foi impedida de levar para o Sambódromo a imagem de um Cristo mendigo dentro do enredo "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia".
Para burlar a proibição e ao mesmo tempo criticar a Igreja, que havia recorrido à Justiça para vetar o uso da imagem, Joãosinho envolveu a estátua em plástico preto, com uma faixa onde se lia "Mesmo proibido, olhai por nós". A escola ficou em segundo lugar --a campeã foi a Imperatriz Leopoldinense-- mas o carnavalesco fez um desfile histórico, lembrado até hoje como um dos mais emocionantes da passarela do samba.
Foram 17 anos na Beija-Flor de Nilópolis e sete na Viradouro, mas no início dos anos 2000 Joãosinho transferiu-se para a Grande Rio.
Em 2004, a escola de samba o demitiu horas antes da apuração oficial, alegando insatisfação com a concepção do enredo "Vamos Vestir a Camisinha, Meu Amor...". Segundo a Grande Rio, a ideia da escola era realizar um desfile para a conscientização do uso da camisinha e do perigo das doenças sexualmente transmissíveis.
No entanto, a concepção do carnavalesco era mais sexualizada, com carros alegóricos que reproduziam imagens do "Kama Sutra" (manual indiano de posições sexuais). Dois carros com cenas de sexo foram encobertos, por recomendação da Promotoria de Infância e Juventude de Duque de Caxias (região metropolitana do Rio). A escola classificou-se em 10º lugar.
Joãosinho se afastou do Carnaval em 2006, depois de ter sofrido dois AVCs (acidente vascular cerebral) e continuado a trabalhar --o primeiro foi em 1997 e o segundo, em 2004.
De tão associado à festa virou tema de documentário, livro e, claro, samba enredo. No filme "A raça síntese de Joãosinho Trinta", lançado em 2009, os autores investigam o processo de criação de um enredo para uma das muitas escolas de samba em que ele trabalhou.
No Rio, atuou na Beija Flor, Viradouro, Rocinha, Grande Rio e Vila Isabel, onde coordenou seu último Carnaval.
Atualmente, Trinta estava no Maranhão trabalhando em projetos da Secretaria da Cultura para a comemoração dos 400 anos de São Luís, em 2012.
Ele planejava um cortejo de 5 mil pessoas, repleto do luxo que o tornou famoso, para contar a trajetória da cidade.

(Por Folha. com – 17/12/2011)

O mundo do carnaval ficou mais triste. A morte de um dos seus grandes mestres, Joãosinho Trinta, foi um duro golpe. Responsável por uma reviravolta fantástica na arte carnavalesca, em 1989, na Beija-Flor de Nilópolis, com o enredo "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia", Trinta se consagrou no rol da fama dos grandes nomes do carnaval brasileiro. Deve ser lembrado como um dos grandes carnavalescos da arte genuinamente brasileira, o samba. O Brasil está de luto com a perda de seu grande artista.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Ética e Poder = Papéis e Atores

Recebi de uma grande atriz, Arlete Salles, uma mensagem lembrando que ao classificar como ator um ministro mentiroso, eu ofendia a classe artística. Ela teria razão caso não tivéssemos em mente que as artes foram engendradas pela vida e não o contrário. Como diz Ferreira Gullar: a vida não é suficiente (e por isso precisamos das artes).
A "vida real", com seus papéis (e funções) bem marcados, como o de rei, rainha, bispo, plebeu, pai, mãe, trabalhador, ministro, marido, político, professor, etc..., existe como o "aqui e agora" do qual não podemos escapar. Esse foi o "princípio de realidade" que simultaneamente desenvolveu a dança, a música e toda a dramaturgia que permite ver a vida como ficção: como alguma coisa que permite renascimento, compaixão, redenção e plenitude. No teatro, mente-se quando se representa um papel; mas um ministro mentir, um presidente abusar do seu cargo ou um delegado mandar matar não ocorre num palco onde a peça se repete todo o dia e na qual os mortos (que fingem morrer) voltam a viver porque aquilo não é coisa de verdade, mas de novela. No drama, há um início, um meio e um fim; mas a vida só termina para os mortos: os que deixam o palco definitivamente.
Insisto em falar de atores e papéis para focalizar um tema fundamental da democracia. A velha oposição entre esquerda e direita acabou; a segmentação petista clássica entre nós, os do bem; e eles, os do mal, liquidou-se o mensalão e toda essa mentirada ministerial envolvendo as ONGs como indústria. Hoje, o desafio é superar o muro entre transparência e obscuridade; entre o legal e o moral; entre a ética que enobrece e o poder que brutaliza. Entre o Estado e a sociedade para fazer com que ambos tenham como referência exclusiva o Brasil como um todo, transcendendo vaidades pessoais e escusos interesses partidários.
Estamos fartos de testemunhar picuinhas do poder, motivos do poder, desculpas e blindagens partidárias do poder que secam oceanos de dinheiro e tornam inimputáveis certas pessoas e cargos. O que dizer quando a presidente decide bater de frente com a sua Comissão de Ética?
Queremos uma coletividade integrada e íntegra. Nela, o Estado fala com a sociedade por meio de uma máquina administrativa, guiando-a nos seus projetos e conflitos; mas ele também ouve a sociedade quando ela quer legislações (Ficha Limpa, por exemplo), deseja apurar custos e, acima de tudo, quando ele demanda bom senso.
Queremos que sociedade e Estado estejam submetidos a um mesmo código de ética. Não é mais possível conviver com uma máquina estatal cujas engrenagens e atores estão acima do bem e do mal. Não precisamos de pais e mães, exigimos um governo de presidentes, senadores, deputados, governadores, magistrados, prefeitos, procuradores, policiais, ministros e corregedores responsáveis - conscientes dos seus papéis e enredos.
O Brasil precisa mais de um projeto que integre pessoas e papéis do que de planos mirabolantes e óbvios porque são inexequíveis. Um país rico é, sem dúvida, um país sem pobres e famintos, mas é sobretudo um país no qual as instituições destinadas a liquidar a indigência e a fome trabalhem com afinco e sejam dirigidas por gente honesta.
Estou falando no deserto? De modo nenhum. Numa importante entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (em 28 de novembro), José Eduardo Martins Cardozo, nosso ministro da Justiça, toca em alguns desses pontos com claridade e veemência, quando se refere - entre outras coisas - a um alegado conluio das corregedorias. O corporativismo que "blinda" e eventualmente produz corrupção nada mais é do que a apropriação pelos atores de papéis que pertencem ao Estado e à sociedade à qual ele deveria servir.
O segredo do bom desempenho de um papel está na consciência dos seus limites. Não se pode "fazer" Júlio César usando um relógio de pulso. O papel não pertence ao ator, mas ao autor e ao drama. Por isso a observação feita pelo ministro Cardozo segundo a qual "é mais fácil modificar um governo do que uma cultura" é não somente correta, mas importante como um tema a ser profundamente debatido.
Do mesmo modo, o papel de ministro não é de X, Y ou Z, mas do governo e do Brasil. Todo mundo distingue teatro de política, embora haja teatro na política e vice-versa. Mas quando Hitler manda exterminar judeus ou um governo autoritário persegue opositores, isso não é teatro. No teatro, salvo acidente, ninguém morre de verdade.
Papéis sociais permitem muitas inovações. Mas aqueles que são corporativos e outorgados através de uma investidura (ou investimento - aquilo que "veste" seus ocupantes que não são atores), sobretudo os que são obtidos por nomeação ou eleição competitiva e liberal, esses fazem com que seus ocupantes sejam seus "cavalos" e não os seus cavaleiros. Numa sociedade de massa, globalizada, na qual a informação circula em tempo real, numa democracia cuja bandeira é a liberdade e a igualdade, exige-se um mínimo de coerência institucional e essa coerência é regulada pelo ajustamento entre as demandas dos papéis e as capacidades das pessoas que os ocupam. A abolição da hereditariedade de papéis públicos é o fato mais básico das democracias modernas. O outro é a sujeição à regra da lei de todos os seus membros. Não são as pessoas que mandam nos papéis, mas justamente o oposto.
Sem distinguir papéis e atores ficamos prisioneiros de maquinações. A pior, foi mencionada pelo ministro da Justiça. É, de fato, impossível acabar com a corrupção, desde que não se abandone a luta contra ela. No centro desse combate está a obrigação de não confundir pessoas com papéis.


(Por Roberto DaMatta - O Estado de S.Paulo - 07 de dezembro de 2011 | 3h 07)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CONTO: "Caso de Chá", por Carlos Drummond de Andrade

A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que ali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.

 – Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta. – Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
 – Incomoda não, meu filho.

A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.

– Madame gosta de chá?
– Nâo posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
– Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com esse terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?

Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.

– Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá. O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
– E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver a beleza que está.

O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua. O filho quase caiu duro:

– A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!

VIVA AO BOTEQUIM!

Rio faz "tombamento informal" de 12 botecos tradicionais 

A Prefeitura do Rio publica nesta terça-feira decreto criando um "cadastro de bem cultural" com 12 botequins antigos. Espécie de tombamento informal, a proposta visa chamar a atenção para os botecos como patrimônio cultural carioca.
Selecionados pela antiguidade --o mais jovem é da década de 1930--, os bares não têm obrigações em manter a sua estética, como no tombamento, mas ganham plaquinha e diploma, além de estímulos como isenção do IPTU. Estão na lista botecos que fazem a alegria de cariocas e visitantes: Bar Lagoa, Nova Capela, Café Lamas, Bar Luiz, Armazém do Senado, Bar do Jóia, Bar do Gomes, Adega Flor de Coimbra, Restaurante 28, Casa Paladino, Bar Brasil e Cosmopolita.
Segundo o subsecretário de Patrimônio Cultural, Washington Fajardo, a ideia é estudar os parâmetros que definem um botequim e a própria história desses lugares e ampliar a lista, ajudando a incluí-los no roteiro cultural da cidade. Para ajudar na pesquisa, a prefeitura apoiou a realização do 1º Seminário Internacional do Bar Tradicional, em que representantes de países como Argentina, Inglaterra e Alemanha debatem o futuro de seus "bodegones", pubs e "bierhauses", respectivamente, com os brasileiros. O encontro começou ontem e acaba hoje.


ENDEREÇOS

Saiba onde ficam os botecos:
- Bar Luiz - rua da Carioca, 39 - centro
- Nova Capela - av. Mem de Sá, 96 - centro
- Armazém do Senado - av. Gomes Freire, 256 - centro
- Bar do Jóia - rua Lopes de Almeida, 26 (esquina com rua da Conceição) - centro
- Bar do Gomes - rua Áurea, 26 - Santa Teresa
- Bar Lagoa - av. Epitácio Pessoa, 1674 - Lagoa
- Adega Flor de Coimbra - av. Teotônio Regadas, 34 - centro
- Restaurante 28 - rua Barão de São Felix, 28 - centro
- Casa Paladino - rua Uruguaiana, 224 - centro
- Bar Brasil - av. Mem de Sá, 90 - centro
- Cosmopolita - travessa do Mosqueira, 4 - centro
- Café Lamas - rua Marquês de Abrantes, 18 - Flamengo.

(Por PAULA BIANCHI – COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO - 06/12/2011 - 03h30)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

BOTAFOGO acerta com Oswaldo de Oliveira

Treinador chegará em janeiro após o termino do seu vínculo com o Kashima Antlers


Oswaldo de Oliveira será o novo técnico do Botafogo para a temporada de 2012. Campeão Mundial e bicampeão Brasileiro, o treinador vem de uma vitoriosa passagem pelo Japão e chegará ao Botafogo no inicio de janeiro. Com Oswaldo incorporam-se ao clube o auxiliar Luiz Alberto e o preparador físico Ricardo Henriques.
"Eu e o Botafogo já acertamos uma situação futura para que o trabalho possa começar a partir de janeiro. Mesmo do Japão, já vou começar a desenvolver um planejamento com a direção do clube, principalmente em relação a contratações e detalhes importantes para a próxima temporada. Isso será fundamental para adiantar o trabalho. Temos que deixar o passado de lado e nos prepararmos para conquistar nossos objetivos no futuro", afirmou Oswaldo de Oliveira.
"O Departamento de Futebol buscou um treinador experiente e com currículo vencedor. Acreditamos que o Oswaldo se encaixa perfeitamente neste perfil. Percebemos que ele está muito motivado e com um pensamento semelhante ao nosso, de brigar por títulos expressivos. Esta é a primeira ação para uma temporada vitoriosa em 2012", disse o Vice-Presidente de Futebol, André Silva.

FICHA TÉCNICA NOME: Oswaldo de Oliveira Filho 
NASCIMENTO: 05/12/1950, no Rio de Janeiro (RJ) 
CLUBES: Corinthians, Vasco, Fluminense, São Paulo, Flamengo, Vitória, Santos, Al Ahli (QAT), Cruzeiro, Kashima Antlers (JAP) e Botafogo 
TÍTULOS: Campeonato Paulista (1999), Campeonato Brasileiro (1999) Campeonato Brasileiro (2000), Mundial Interclubes (2000), Copa Mercosul (2000), Supercampeonato Paulista (2002), Campeonato Japonês (2007, 2008 e 2009), Copa do Imperador (2008 e 2011), Supercopa (2009 e 2010) 

Botafogo de Futebol e Regatas

A MORTE DO DOUTOR

Tanto o nascimento quanto a morte são acontecimentos que julgo, num lampejar filosófico, fatos naturais da vida. Nós, seres humanos, sentimentais e violentos ao extremo, estabelecemos que o nascimento é vida, portanto uma coisa boa, maravilhosa; já a morte é algo que interrompe a vida, uma coisa ruim, triste.
Tanto o nascimento quanto a morte são etapas que fazem nosso mundo girar, aliás, se movimentar, num processo dinâmico em que cada ser vivo colabora um pouco para modificá-lo, para transformá-lo.
Portanto, num pensamento frio e racionalista, longe do sentimentalismo comum a todos nós e, também, longe dos dogmas cristãos que obscurecem cada vez mais a busca pelo perfeito entendimento da realidade, tanto a morte quanto a vida devem ser encarados como algo natural, nem bom, nem mau; apenas etapas da vida, nada mais.
Ontem, o Doutor Sócrates, uma figura importante do futebol brasileiro, faleceu, vítima de cirrose. Completou seu ciclo de vida que, aliás, foi muito curto, pois faleceu aos 56 anos de idade.
 Assim como outras personalidades, a morte de um ídolo choca a todos, até aqueles que se julgam entendidos, pois inconscientemente, muita gente acredita que as pessoas que se destacam em nosso meio, principalmente artistas, sejam dotadas de alguma magia, de algum dom especial, para não dizer algo predestinado; são pensamentos simples, ingênuos que contrapõe, de um lado, o povo em sua inferioridade, em seu pequeno mundo, e de outro, o artista, o ídolo, a estrela. Assim como Michael Jackson, estrela maior da música pop norteamericana e do mundo, o Doutor Sócrates, jogador de futebol, craque do Corinthians e da Seleção Brasileira deixou nosso mundo; completou a sua etapa de vida se destacando naquilo que sabia fazer de melhor, jogar bola. Vai deixar saudades.
Isso é a vida, num sentido amplo, onde nascimento e morte são apenas etapas, fatos naturais e comuns a todos nós; sejam pobres, ricos, desconhecidos ou famosos, todos nós vamos passar por isso. A diferença está na individualidade, no amor, no jeito de se lidar com as coisas,... na dedicação e na vontade de vencer.

 (Por Franco Aldo – 05/12/2011 – às 13:52hs)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Conto: "JOB" - Por Ricardo Maurício P. Nunes


Havia um homem que era muito pobre. Morava à beira de um rio na periferia. Era profundamente infeliz. Talvez se chamasse Josué, ou Josafá, talvez Joel. Ou simplesmente Jó, como o da Bíblia, que era como o conheciam. Mas não tinha nem nunca tinha tido, como este, amigos nem pessoas próximas, nem nada o que perder. Salvo uma canoa, que aos sábados pegava, cheio de fel, para descer o leito do rio.
Por si mesma, a miséria não é um requisito para a tristeza, muito menos então para a alegria, mas Jó perversamente agarrava-se a essa condição para justificar todos os seus fracassos, a origem de todas as mazelas de sua alma. No entanto, simulava viver bem e julgava não ser desonesto. Supunha grandioso seu Destino e que suas penúrias eram obra de um Acaso transitório, mas no fundo nunca acreditou na esperança. Dava conselhos na paróquia que freqüentava aos pobres de espírito, imitava os hábitos arrogantes da gente de posses, e proclamava com falsa modéstia que a cornucópia era uma benção divina, mas que a simplicidade e a moderação convinham aos homens sábios. Vivia das intrigas que armava e comprazia-se nas desgraças alheias. Era, na verdade, um homem amargo. Consumiam-no a inveja e o orgulho. E no fundo era grande a vergonha que sentia de sua condição e de suas torpezas. Não sabia viver de outro modo. Oneravam seu Acaso as cheias do rio e as moléstias purulentas que trazia por debaixo da túnica.
Até que um dia o Acaso despersuadiu-se da certeza que tinha de que mal e bem eram frutos da mesma sorte, filhos da mesma mãe. E o Acaso foi ter com o Destino.
O Destino vinha de dar uma volta pelo mundo.
E soube de quem lhe queria falar o Acaso, que protestou contra as determinações que havia imposto àquele homem. Desaviram-se. Argüiu o Destino que então o Acaso cuidasse de Jó, e que depois veriam. O Acaso assentiu e retirou-se de sua presença.
A balança da ventura passou a pender para o lado de Jó. Em pouquíssimo tempo obteve sua fortuna, suas feridas secaram e viu-se cercado de coisas e de gente. E dizia vaidoso e cheio de pompa que estava apenas colhendo o produto do seu caminho. Em nenhum momento lembrou-se do Acaso, e continuou devoto do Destino e do fausto. Dizia bravatas e alimentava seu ego com a superficialidade das pessoas que o rodeavam e nutriam suas desídias. Teve mais recursos e ensejos para propalar seus rancores. Tramou politicagens e ordenou execuções. Estimou que nada nem ninguém podiam contra seu Destino de ser grande. Porém, perseveravam em seu íntimo a vilania e a amargura antigas. A vergonha foi substituída pela soberba; a dor das pústulas, por uma dor no fígado ou na consciência; e a velha cegueira da noite escura da alma o cegava agora com uma luz ofuscante. Fascinado, esqueceu-se de outrora. Repudiou o tempo em que aquela felicidade ainda não havia batido à sua porta, como se ela sempre houvesse estado com ele, servil como um cão. Mas era, em essência, a mesma pessoa.
Não tardou para que o Acaso reconhecesse sua ingratidão, para que soubesse que perdia a aposta com o Destino. Pagou o estipulado, fez as contas do tempo, viu que já estava mais do que na hora, e pela segunda e última vez retirou-se de sua presença. O Destino quis dizer alguma coisa, mas calou, eram loquazes os acontecimentos.
Jó reencontrou a miséria que havia perdido, se é que isso se possa perder. Restituiu-se-lhe a antiga solidão no barranco à beira do rio, o pus das úlceras recrudesceu. Revisitaram-no a vergonha e o opróbrio ordinários. Tornou-se muito mais insuportável do que antes sua vida. Tardou, anoiteceu e madrugou só, como em antanho. Sentiu que havia fracassado na boa aventurança. Mas clareava o dia quando pensou que os fatos anteriores tinham sido apenas um sonho ou um delírio que durou, e que talvez estivesse melhor assim, como quem era de fato. Do lado de fora amanhecia o dia a luz do Sol, que não pode iluminar nada além do que a superfície das coisas.
Era sábado. Jó tomou sua canoa, desceu o rio. Cheio de fel.

Ricardo M P Nunes, jul`10

Ano Novo, Esperança e Técnico Novo

Oswaldo de Oliveira confirma que está muito próximo do Botafogo


O técnico Oswaldo de Oliveira, que hoje está no Japão, no comando do Kashima Antlers, afirmou nesta sexta-feira que está muito próximo de acertar com o Botafogo.
"Não posso ainda confirmar o acordo, mas existe uma negociação. Existe uma grande possibilidade [de acerto]", disse Oswaldo de Oliveira em entrevista ao Sportv.
"Ainda temos algumas etapas a cumprir", disse o treinador, referindo-se ao Campeonato Japonês e a Copa do Imperador, que será realizada em 1º de janeiro de 2012.
Assim, Oswaldo de Oliveira deverá assumir o comando da equipe carioca somente em janeiro.
Ontem, a assessoria do treinador disse que a negociação está "bem encaminhada" e que depende de questões contratuais que serão definidas com o advogado do técnico, Antonio Simões. Ainda faltaria acertar também a composição da comissão técnica.
O Botafogo está sem técnico desde 17 de novembro, quando demitiu Caio Júnior. Atualmente, o time vem sendo comandado pelo interino Flavio Tenius.
O Botafogo ocupa a nona colocação do Nacional, com 55 pontos. O time precisa vencer o Fluminense e torcer por tropeços do São Paulo, Figueirense, Internacional e Coritiba para conquistar uma vaga na próxima Taça Libertadores da América.

(Por Folha.com - 02/12/2011 - 11h15)

Ser técnico do Botafogo não é uma missão fácil. O novo técnico tem que ser, no mínimo, um vencedor, para assim poder contar com um voto de confiança da torcida.
E vencedor, entenda como ganhador de títulos, coisa escassa em General Severiano. Se não, a pressão já começa antes mesmo do jogo começar, seja numa escalação mal compreendida, seja pela própria fragilidade do elenco.
Ser treinador vitorioso no Botafogo é uma missão muito difícil.
Zagallo, Valdir Espinosa e Paulo Autuori são exemplos de técnicos vencedores que fizeram história no Botafogo e se tornaram lenda, foram beatificados pela torcida. Pertencem a um seleto grupo de vencedores que, além de serem campeões por outros clubes do Brasil, foram campeões pelo Botafogo, e isso tem que ser levado em consideração, pois os poucos títulos fazem do Botafogo um clube-desafio, como se um título brasileiro, por exemplo, valesse por dois.
A contratação de Oswaldo de Oliveira está próxima de ser concretizada e vem encher de esperança os sonhos de todo o torcedor botafoguense. É mais um ano, mais uma fé, mais uma esperança.
Oswaldo é um técnico vencedor, fez história no Corinthians (Campeonato Paulista de 1999, Campeonato Brasileiro de 1999, Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2000), Vasco da Gama (Campeonato Brasileiro de 2000 e Copa Mercosul de 2000) e São Paulo (Supercampeonato Paulista de 2002). Atualmente trabalha no futebol japonês onde já colecionou três Campeonatos Japonês (2007, 2008 e 2009), uma Copa do Imperador (2008), duas Supercopa Japonesa (2009 e 2010) e, neste ano, uma Copa da Liga Japonesa.
Portanto é um nome forte para um clube difícil. Pode ser o cara que Glorioso espera para que em 2012 seja repleto de conquistas.
O Presidente reeleito Maurício Assumpção e sua equipe prometem mudanças na mentalidade das contratações. Em 2011, o Botafogo montou um bom time, mas que, mesmo assim, ficou abaixo dos outros três grandes do Rio (Vasco, Flamengo e Fluminense) e acabou perdendo força na reta final do brasileirão.
Portanto, como nos sinceros votos de Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, a torcida do Botafogo espera também um ano novo inesquecível, daqueles que consagram jogadores e técnicos. É pagar pra ver.
A dúvida é saber se a diretoria terá ambição suficiente para levantar o nome do Botafogo no cenário nacional, pois faz quinze anos que o Glorioso não vence um campeonato brasileiro; sofre, todo ano, por um mirrado campeonato carioca e, por três vezes consecutivas, fez vexame na Copa do Brasil.
Ano Novo, vida nova, dinheiro no bolso e Botafogo Campeão!

(Por Franco Aldo – 03/12/2011 – às 00:51hs)