Ronaldinho agora é do Galo Mineiro. |
Gosto
muito de futebol e gostaria que as coisas no mundo não se conduzissem como o
futebol, pelo menos sob a ótica do romântico torcedor: os devaneios de paixão
em detrimento da razão, da especulação, da podridão e do mau-caratismo.
O
futebol do hoje vive uma espécie de ilusão que encontra flashes do passado. Os
gols mascaram as vitórias suspeitas, um ídolo vale o que foi no passado e o
presente é mera ilusão de dirigentes e empresários, portanto é algo incerto.
No
desenrolar de uma partida, acreditamos que o acaso ou um planejamento bem feito
fazem a diferença e consagre um time vencedor. Talvez seja, talvez não.
Do
ponto de vista daqueles que ganham dinheiro com futebol, o que se está em jogo
é muito mais do que pura paixão. O que move o futebol é o dinheiro, como sempre
foi.
Antes,
porém, alguns vestígios de amores, valores morais e condutas socialmente
corretas davam um glamour ao esporte, uma espécie de condimento que hoje em dia
é raro de se ver.
Antigamente
também jogador de futebol não ganhava tanto assim.
Pois
é, é o muito dinheiro e a fama desenfreada que fazem de pessoas simples,
algumas até analfabetas e carentes de valores, tornarem-se, da noite para o dia,
milionários desembestados, sem qualquer pudor e conhecimento quanto ao que é
moralidade e ética.
Raramente
alguns aproveitam a fortuna para crescerem mentalmente. Alguns compram aulas de
etiqueta para afinarem seus gostos, outros, a maioria, compram o estigma de
popular e de puros representantes da classe pobre.
Em
particular ao caso do Ronaldinho e tomando como exemplo a sua própria expressão
facial, não sabemos o que ele é no hoje, muito menos saberemos o que ele pode
ser no amanhã e nem se existirá amanhã.
Entretanto,
a única certeza que temos quanto a essa enigmática figura é o que ele foi no
passado.
É
o desenrolar do mundo nas relações humanas que tem como modelo transformador as
riquezas oriundas do futebol.
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