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quinta-feira, 10 de março de 2011

Espaço Ponto de Vista: Copa do Mundo no Brasil - Falta de seriedade até na escolha das capitais

Os preparativos para a Copa do Mundo aqui no Brasil estão daquele jeito brasileiro de ser, atrasadas e com muitas promessas de gasto do dinheiro público. Alguém duvida que teremos escândalos envolvendo superfaturamento e desvios de verbas públicas? Eu não.
A falta de seriedade com a coisa pública já começou antes mesmo de o Brasil ser escolhido pela FIFA para sediar a Copa do Mundo de 2014. A escolha das capitais que sediarão os jogos foi determinada por puro conchavo político; quando deveria ser levado em consideração fatores como: o campeonato regional e a infraestrutura existente. Mas aqui tudo se resolve na política, se é amigo, está dentro para gerir a dinheirama que virá, se é inimigo, contente-se em pelo menos disputar.
Como exemplo das polêmicas escolhas, podemos citar a escolha da cidade de Cuiabá que venceu a disputa com Campo Grande-MS e Goiânia-GO. Das três, Cuiabá é a menos favorecida pois, além de contar com uma infraestrutura precária (ruas estreitas, transporte caótico, falta de um aeroporto, falta de hotéis, etc), o Mato Grosso, pra piorar, tem um falido campeonato regional, que quando muito, leva algumas centenas de torcedores aos estádios. E isso sem falar do forte calor, uma característica da capital mato-grossense.
Portanto, dessas três cidades, Goiânia seria a mais indicada, pois tem um bom campeonato regional, com clubes de expressão no cenário nacional, e sua infraestrutura é bem mais adequada levando-se em conta as demais concorrentes.
Ao invés de construir a Arena Pantanal, orçada em mais de 340 milhões de Reais! , que fosse reformado o Serra Dourada, pois depois da Copa, o que será da Arena Pantanal? Será palco de show de duplas sertanejas? Provavelmente sim, pois aqui no Matogrosso não há futebol que garanta a manutenção de um estádio, que com certeza, será detentor de muitas despesas; um ‘Elefante dos mais Brancos’ diga-se de passagem.
Outra escolha desarrazoada foi a de Manaus como representante da Região Norte. Ora, o Amazonas é detentor, pra variar, de um pífio campeonato regional, contando com clubes que não figuram no cenário nacional, além de sérios problemas de infraestrutura. Assim como aconteceu em Cuiabá, com a implosão do Verdão, o Estádio Vivaldo Lima, “O Vivaldão”, também foi posto abaixo e será construída uma moderníssima arena esportiva. Outro ‘Elefante Branco’ que será motivo de prejuízos futuros.
Ao invés de Manaus, Belém, capital do Pará, seria a indicação mais prudente e razoável. O Pará tem clubes de expressão nacional, como o Remo e o Paysandu que levam milhares de pessoas, todos os anos, aos estádios. Disto posto a construção de uma arena moderna e dispendiosa, talvez, fosse muito mais fácil administrar no Pará do que em Manaus.
Esses dois exemplos de falta de seriedade e moralidade são alguns dos muitos que estão por aí.
Só pra se ter uma idéia, até agora a Infraero não se mexeu no que concerne a sua parcela de responsabilidade nas reformas dos principais aeroportos do país.
Muitas obras de infraestrutura nas cidades que sediarão os jogos ainda não começaram.
Em São Paulo ainda temos a indecisão em qual local será construído o estádio que abrirá a Copa do Mundo.
Bagunça, falta de seriedade, descaso com a coisa pública. Assim será a Copa do Mundo aqui no Brasil.

(Por Franco Aldo – 10/03/2011 – às 19:31Hs)

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