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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Com Calendário Bagunçado, Craques Desfalcam Clubes na Reta Final do Brasileirão

'Sem refresco', Mano ignora apelos e escala Ronaldinho e Neymar

O duelo contra o México, às 22h30, é uma exceção na trajetória de Mano Menezes na seleção brasileira.
Foram poucas as vezes em que o time nacional enfrentou rivais relevantes diante de suas próprias torcidas.
Nessas circunstâncias, o Brasil perdeu para a França em Paris e para a Alemanha em Sttuttgart, empatou com a Argentina em Córdoba e bateu os Estados Unidos em Nova Jersey, na estreia de Mano, em agosto do ano passado.
Na última sexta-feira, em San José o Brasil sofreu para bater a Costa Rica por 1 a 0, o que levou o próprio treinador a declarar que seria preciso "melhorar muito" para enfrentar a seleção mexicana.
Por tudo isso, o técnico vai escalar força máxima, sem dar descanso a Neymar, como ele mesmo cogitou após o triunfo sobre a Argentina.
Ontem, o atacante afirmou não ver problema. "Eu não me poupo. Se não estou machucado, quero jogar sempre", declarou o camisa 11.
Será o 58º jogo de Neymar no ano. O que tem incomodado o astro do Santos são as concentrações. "Às vezes, fico de saco cheio de ficar preso, sem ver a família. Mas não posso reclamar, é a profissão que escolhi", disse o artilheiro da era Mano, com oito gols.
Do Rio, o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, pediu para Mano não usar Ronaldinho nos 90 minutos ante o México. Isso porque pretende escalá-lo no dia seguinte, contra o Palmeiras. Mas ele também será titular.
Mesmo assim, o técnico fará seis mudanças na equipe em relação ao jogo contra a Costa Rica --vencido com uma atuação que até Mano classificou como ruim.
Daniel Alves e Marcelo voltam ao time, assim como Lucas Leiva e Fernandinho. Os laterais e os volantes foram poupados em San José.
No gol, a lesão e o consequente corte de Júlio César abriram espaço para Jefferson. Na frente, Hulk será testado no lugar de Fred.
Este será o 18º jogo de Mano Menezes no comando da seleção. O próximo rival será o Gabão, em 10 de novembro.
Na média, os adversários brasileiros ocupam o 34º lugar no ranking da Fifa --o Brasil é hoje o sétimo. A conta leva em consideração o lugar que o rival ocupava na lista no momento da partida.
Num ano em que a seleção enfrentou Escócia (50°), Romênia (53º), Venezuela (69º) e Costa Rica (57º), jogar contra o México (20º) dos jovens astros Chicharito Hernández e Giovanni dos Santos pode ser um teste bem útil para o treinador brasileiro.
Prova da importância que a partida de hoje tem para o Brasil é que Mano voltou a fechar um treino da equipe, prática que havia abandonado nos amistosos depois da Copa América --onde, aliás, o truque não funcionou.


(Por Folha.com 11/10/2011 - 06h00)

É sempre bom ver um jogo do Brasil, mas ultimamente o fraco futebol demonstrado pela seleção de Mano Meneses consegue irritar e dar uma sensação de sonolência terrível aos amantes do futebol. Além disso, os adversários, como a Costa Rica, são fraquíssimos e mesmo assim o Brasil não consegue mostrar um padrão de jogo, muito menos agradar e fazer gols.
Será que esses amistosos são oportunos? Será que são necessários?
Necessários talvez, mas não são nada oportunos. Quem perde com isso são os clubes brasileiros que na reta final do brasileirão tem jogar desfalcados de seus grandes ídolos, tome o exemplo do Santos, sem Neymar, do São Paulo, sem Lucas, do Flamengo, sem Ronaldinho, ou então, do Botafogo, sem o goleiro Jeferson.
O caso mais curioso é o fretamento do avião para que craques como Ronaldinho Gaúcho cheguem a tempo de jogar na quarta pelos seus clubes, depois do jogo contra o México! Isso é um absurdo!
Os dirigentes dos clubes em vez de questionar uma paralisação no brasileirão, quando dos jogos da seleção, preferem não bater de frente com a CBF e sacrificar seus jogadores! Haja musculatura para agüentar a maratona de jogos. Isso tudo é o reflexo da desorganização do calendário do futebol nacional.
A CBF não está nada preocupada com a organização do futebol doméstico. Faz um calendário de qualquer jeito e depois “a gente faz uns ajustes aqui e outro ali”. Todo ano é assim.
Essa maratona de jogos da seleção brasileira é ridícula. É inoportuna.
Para piorar, a seleção de Mano, até agora, não mostrou padrão de jogo algum, porque Mano não consegue repetir uma escalação sequer. Todo jogo tem alguma novidade.
O certo mesmo é que se for um jogo importante, Mano recorre aos medalhões da Europa. Mesmo assim, o desentrosamento é visível.
De concreto é que algumas posições já estão começando a se tornar questionáveis, como a posição de goleiro. Jeferson está em muito melhor fase do que Júlio César, mas dificilmente Mano barrará o goleiro da Inter de Milão.
Tirando a dupla de zaga, Lúcio e Thiago Silva, e os laterais direitos, Daniel Alves e Maicon, o resto das posições está em aberto.
O jogo de hoje tem tudo para ser um pouco melhor do que o da Costa Rica, mas não podemos esperar muita coisa, a não ser uma jogada isolada de algum craque, como aquela chaleira de Leandro Damião contra a Argentina.
Mas, pena que Damião está fora, está machucado, entretanto, Ronaldinho e Neymar são sempre esperanças de boas jogadas.

(Por Franco Aldo – 11/10/2011 – às 09:51hs)

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