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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Com Risco de Privatização, Aeroportuários entram em Greve Dia 20

Funcionários de aeroportos entram em greve nesta quinta-feira

A paralisação, protesto contra privatização de aeroportos, começa a partir da 0h de quinta-feira (20) e vai durar 48 horas
Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília decidiram fazer uma paralisação de 48 horas, a partir da 0h de quinta-feira (20), em protesto contra o processo de privatização dos terminais. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Marcelo Tavares disse que a greve trará transtornos aos passageiros, pois o sindicato espera a adesão de 90% dos trabalhadores dos três aeroportos.
“Infelizmente, os usuários dos aeroportos vão sofrer com atrasos. Apenas os trabalhadores em cargo de confiança não deverão participar da greve”, disse o diretor.
Cerca de 3 mil funcionários deverão cruzar os braços nos três aeroportos. Os setores de operações, administração e terminais de carga deverão ser os mais atingidos.
A transferência dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília à iniciativa privada deve começar em dezembro. Em agosto, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que já está sendo construído na região metropolitana de Natal, foi privatizado. O governo também estuda transferir para o setor privado a exploração de outros aeroportos internacionais, como Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.

(Por IG - Agência Brasil 18/10/2011 16:57)

A idéia de privatização de alguns serviços públicos essenciais à sociedade passa a ser a grande moda do pensamento desesperado de alguns seguimentos que, se já não estão saturados da inércia e incompetência dos gestores públicos, ou, pelo menos, postulam, num descaramento sórdido, a transferência de responsabilidades que muito mais dizem respeito ao Estado, numa tentativa de maquiar um problema que há muito tempo vem incomodando a sociedade brasileira; a má gestão de serviços públicos.
Há pouco tempo cogitou-se em privatizar a saúde brasileira, numa tentativa de transferir para o particular um problema de má gestão e má prestação nos atendimentos nos hospitais públicos brasileiros que, há décadas, vem maltratando o cidadão.
O governo, sem muito interesse em moralizar e humanizar os atendimentos nos hospitais, prefere vendar os olhos a um sistema simples de gestão: disponibilizar recursos ao setor e fiscalizar a aplicação desses recursos.
A disponibilização de recursos até acontece, mas o problema está no planejamento e, principalmente, na fiscalização.
A ausência de fiscalização propicia o surgimento de máfias que vão desde desvios de dinheiro público, apropriação indevida de remédios que deveriam ser distribuídos gratuitamente, má gestão e falta de manutenção nos equipamentos e o pagamento de funcionários fantasmas.
Portanto, para o governo, pode ser uma saída sórdida, mas para o cidadão, a privatização de serviços públicos essenciais, talvez, não seja garantia de prestação de bons serviços, mas sim a continuidade de um serviço chinfrim e desumano.
Assim como a saúde, cogitou-se a idéia de privatizar os aeroportos brasileiros. Quem viaja de avião e conhece outros aeroportos, como os principais da Europa e dos Estados Unidos, sabe que os do Brasil estão num nível muito abaixo para quem vai sediar uma copa do mundo e os jogos olímpicos. É novamente o governo tentando transferir sua incompetência para o setor privado.
É claro que os serviços nos aeroportos não são tão essenciais assim, comparando com os da saúde, mas não deixa de ser um indício, ou prenúncio, da transferência dos custos dos serviços ao cidadão, que já paga uma elevada carga de impostos. E se levarmos em conta que nossa cultura carece de fiscalização e de planejamento, então, a privatização de serviços essenciais pode ser uma faca de dois gumes.
O bom em tudo isso, talvez, seja pra quem for amigo do rei, ou parente, assim poderão multiplicar por 20 o patrimônio de suas empresas.
Coisas do Brasil.

(Por Franco Aldo – 19/10/2011 – às 11:30)

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