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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PROSTRAÇÃO, CALOR, BOTAFOGO... TRISTEZA.

A semana que passou, para mim, foi um horror. Um forte calor, uma ociosidade deprimente e a expectativa de um futuro ainda mais desolador, ocioso. Perdi as contas de quantas vezes fui à livraria, perdido, sem saber o que estava procurando. Olhei para os livros e era como se todos eles fossem de um mesmo autor, o Sr Indiferença.
Estava com um exemplar de um livro qualquer nas mãos quando percebi a aproximação de duas senhoras que falavam alto. Uma disse pra outra:

– Ah, fulana, Como eu gostava de ler!...

Ouvi e não dei muita a atenção, mas depois, parece que aquelas palavras entravam nos meus ouvidos como agulhas incandescentes.
Como uma pessoa perde o gosto pela leitura? Indaguei-me perplexo.
Das duas uma, ou essa pessoa nunca soube o que é leitura, na verdade não lia nada, ou, algo muito traumatizante fez com que nossa adorável senhora perdesse o estímulo pelas letras.
Disso, prefiro acreditar na primeira, pois pela alegria nos olhos da senhora que gostava de ler, acho muito pouco provável que tenha sofrido algo tão terrível.
Meu estado de prostração continuou, o calor continuou, a ociosidade mais ainda...
Talvez a única coisa que pudesse salvar meu fim de semana fosse o meu Fogão, mas no sábado, assisti a mais um fiasco alvinegro, o Botafogo conseguiu empatar com o Bahia, por 2 X 2, em casa. Pra piorar, o medíocre jogador Souza ainda tirou onda, sem respeito algum com as tradições do Glorioso; talvez seja por isso que ele esteja em franca decadência na carreira.
Paciência. Não é com um time mais ou menos que se ganha um campeonato brasileiro, mas com um forte e competente elenco, aliado a uma camisa que tem a obrigação de causar medo no adversário. Nada disso tem o Botafogo.
Já no domingo, o Flamengo conseguiu uma surpreendente vitória em cima do Flu. A vitória rubro-negra disse muita coisa: o Flamengo não perde um clássico há mais de um ano, o Fluminense ainda não venceu um clássico neste ano, o Flamengo, sem Ronaldinho, arranca e é favorito ao título; tem camisa, tem elenco e tem torcida. Bottinelli, que entrou no segundo tempo no lugar de Maldonado, marcou dois golaços de fora da área: um de falta e outro num chute cheio de efeito.
O mais curioso é que até então, o Fluminense jogava melhor, mas foi num penalty não marcado em cima de Márcio Rosário e num lance com falta duvidosa, de Lanzini em cima de Luis Philipe, que surgiu a figura do árbitro, Felipe Gomes da Silva. Com o gol de Bottinelli na cobrança da falta, o Fluminense se desequilibrou em campo e não demorou a vir o terceiro.
A partir daí, a pressão sobre Felipe Gomes veio por todos os lados e a coisa ficou ainda pior quando Souza foi expulso, já no finzinho da partida, aliás, expulsão também duvidosa. Abel foi expulso, mas continuou em campo, xingando e esbravejando. Rafael Moura foi agredido pelo árbitro.
O árbitro Felipe Gomes da Silva mostrou-se incompetente e sem preparo emocional para dirigir uma partida como o Fla-Flu. O técnico Abel perdeu a cabeça ao ficar em campo, desrespeitando a decisão do juiz. Com certeza isso vai dar algumas partidas extras fora do comando do Flu.
Aliás, o imprevisto é o que torna o futebol um esporte apaixonante, como os dois gols do reserva Bottinelli, mas existem coisas que são previsíveis, por exemplo, xingar o juiz da partida com alegação de má intenção. Isso só pode dar expulsão. O pior é que, pelo menos aqui no Brasil, nunca vi um juiz ser punido (severamente) por dirigir má uma partida, com as alegações dos técnicos perdedores. O fato é que raramente árbitros, como Felipe Gomes da Silva, são realmente punidos, e quem perde com tudo isso é o bom futebol e o Fluminense. Além do mais, esse mesmo árbitro apitará novamente outro jogo do Fluminense, querem apostar?
Seja como for, o resultado já está escrito na história.
Vamos para outra semana, só que esta, pelo menos, tenho a expectativa de ser bem melhor.

(Por Franco Aldo – 10/10/2011 – 09:36hs)

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