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domingo, 2 de outubro de 2011

Galeria de Ídolos do Glorioso: HELENO DE FREITAS

Temperamental, gênio explosivo que o lavava a ser expulso de campo com freqüência e o ajudava a conquistar inimigos, às vezes até dentro do próprio grupo de trabalho. Heleno de Freitas é um dos grandes ídolos do Botafogo por seu talento e obsessão pela perfeição.
Formado em advocacia, sua fama de boêmio e de bom “vivant” não o impediu de ser, em 11 anos de carreira, um jogador de primeira grandeza do futebol brasileiro e reconhecido como um dos maiores craques sul-americanos.
Apesar de suas virtudes, ele se tornava intratável, quando algo dava errado em campo. Considerado o primeiro craque problema do futebol brasileiro, Heleno perdia o controle principalmente quando o chamavam de Gilda, personagem temperamental de Rita Hayworth, em filme de sucesso dos meados da década de 40. Apesar disso, foi o símbolo de um Botafogo guerreiro, que nunca se dava por vencido. Chegou ao time principal em 1937, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite e não decepcionou.
Mesmo sem nunca ter sido campeão pelo Glorioso, marcou sua passagem com 204 gols em 233 jogos, tornando-se o quarto maior artilheiro do clube. Em 1948, foi vendido ao Boca Juniors, da Argentina.
Heleno, nascido dia 12 de dezembro de 1920, em São João Neponuceno (MG), jogou também no Vasco (campeão estadual, em 49) no Atlético de Barranquila (Colômbia), no Santos, e encerrou sua carreira, já doente, no América. Pela seleção brasileira, disputou partidas, tendo marcado 15 gols. Internado em um sanatório em Barbacena, em 1953, morreu dia 8 de novembro de 1959.

‘Heleno de Freitas viveu em conflito com o universo do futebol, amado como um deus, censurado como o demônio: era o fantasma dos árbitros, o gênio da bola aos olhos dos catedráticos do futebol, o desafeto das torcidas e o galã irresistível das mocinhas de Copacabana que lhe namoravam a elegância, a rebeldia, o anel de doutor em Direito e a fama.’

(Armando Nogueira)

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