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quarta-feira, 9 de maio de 2012

CHACINA DE DOVERLÂNDIA: HELICÓPTERO CAI MATANDO INVESTIGADORES

Aparecido de Souza Alves, suspeito de ser um dos 'monstros' de Doverlândia

A chacina de Doverlândia, Goiás, ocorrida em 28 de abril deste ano, teve mais um capítulo sinistro. 
O helicóptero Koala AW 119K (prefixo PP-CGO), fabricado pela empresa americana Augusta Westland, caiu por volta das 16h30 de ontem, no interior de uma fazenda de Piranhas, a 325 quilômetros de Goiânia. 
Testemunhas afirmam que, antes de cair, o aparelho estava girando em seu próprio eixo (rotor principal). 
Estavam a bordo da aeronave, além do suspeito da chacina, Aparecido de Souza Alves, os delegados Antônio Gonçalves Pereira dos Santos e Bruno Rosa Carneiro, Jorge Moreira da Silva, delegado Titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubos de Cargas, Vinícius Batista da Silva, delegado de Iporá, Osvalmir Carrasco Melati Júnior, piloto da aeronave, e os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva. 
A delegada que lidera as investigações do caso, Adriana Accorsi, não estava a bordo, pois resolveu ir de carro para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Doverlândia, pela manhã. 
A chacina de Doverlândia é um dos crimes mais horríveis ocorridos nos últimos anos no Brasil, não só pelo número de vítimas, 7 (sete) ao todo, mas pela forma cruel como foram executadas. Todas as vítimas foram degoladas! 
No crime foram degolados Lázaro de Oliveira Costa, de 57 anos, dono da fazenda e ex-presidente do Sindicato Rural de Doverlândia; Leopoldo Rocha Costa, de 22, filho do fazendeiro; Heli Francisco da Silva, de 44, vaqueiro da fazenda; Joaquim Manoel Carneiro, de 61 anos, amigo de Lázaro; Miraci Alves de Oliveira, de 65, mulher de Joaquim; Adriano Alves Carneiro, de 24, filho do casal; e Tâmis Marques Mendes da Silva, de 24 anos, noiva de Adriano. 
Tâmis Marques Mendes da Silva, antes de ser degolada, ainda fora estuprada pelo grupo de assassinos.
O que choca nessa barbárie é o requinte de crueldade dos assassinos. E as motivações do crime podem ser muitas: latrocínio, rixas e até crime político. 
Com a morte do principal suspeito, muitas dificuldades surgirão para a elucidação do caso, entretanto a polícia deve começar a investigar as causas da queda do helicóptero, pois a probabilidade de sabotagem é muito grande. 
O piloto da aeronave, Osvalmir Carrasco Melati Júnior, segundo informações de amigos era muito experiente, possuía mais de 1.000 horas de voo, portanto um quesito a mais para enfraquecer a possibilidade de falha humana. 
Quanto ao aparelho, era praticamente novo. De acordo com a assessoria da Polícia Militar de Goiás, a aeronave é um dos três helicópteros comprados em 2010 pela Secretaria de Segurança Pública e Justiça. O contrato tinha valor de US$ 11 milhões (R$ 21 milhões) e incluía treinamento de tripulantes e pessoal de manutenção. O helicóptero estava com a revisão em dia, que havia sido feita no dia 7, segunda-feira.
O resgate dos corpos está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros. O local é de difícil acesso e não há previsão para a conclusão da operação. Os motivos da queda estão sob investigação. 
A equipe de resgate é composta por integrantes da Polícia Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e GT3 da Polícia Civil, além de um helicóptero do Corpo de Bombeiros com peritos e delegados para isolar o local e providenciar a identificação das vítimas. O Ministério da Justiça, Departamento de Aviação Civil (DAC) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foram avisados sobre o acidente.

Um comentário:

  1. Acho muito pouco provável que o acaso tenha derrubado a aeronave.
    Se foi sabotagem, a elucidação do caso da chacina de Doverlândia ganha mais fôlego e mais cobrança por parte da opinião pública. Sem falar nas verdadeiras motivações do massacre.
    É um crime que cheira disputa política na região e que, provavelmente, o mandante não imaginasse o nível de desumanidade dos executores... Chamou a atenção do Brasil.

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