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domingo, 6 de maio de 2012

HOJE TEM DECISÃO

Fernanda Maia, a maravilhosa gandula alvinegra.
Hoje tem decisão no Engenhão. Botafogo e Fluminense se enfrentam no primeiro jogo pela disputa do título estadual. 
O Botafogo vem embalado após a conquista da Taça Rio no último domingo, já o Fluminense teve uma semana tranqüila, apesar das contusões que atrapalham os planos de técnico Abel. 
Na história de Fluminense e Botafogo, foram poucas as decisões. A última entre os dois clubes, segundo o Blog Mais Memória, ocorreu em 1975, quando o Fluminense formou a máquina comandada por Rivellino & Cia. O Botafogo estava numa fase difícil, já em decadência após vender a geração de 1967-1968. Já não possuía Paulo César, Gérson, Roberto, Jairzinho e daquele ataque somente Rogério ainda atuava na equipe de General Severiano. 
Houve um triangular decisivo com Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo. No primeiro jogo Fluminense bateu o Vasco por 4×1. No segundo o Vasco ganhou do Botafogo por 2×0 e na terceira partida, o Botafogo para ser campeão necessitava golear o Fluminense. O time da estrela solitária venceu por 1×0, placar insuficiente, porém carimbou a faixa de campeão do Fluminense. 
Uma curiosidade. Paulo César Caju participou da decisão de 1971 jogando pelo Botafogo e, em 1975 atuando pelo Fluminense. 
Porém, a torcida alvinegra nunca se esquecerá da decisão de 1971, quando o Fluminense foi campeão com um gol irregular de Lula. Até hoje a decisão suscita discussões acaloradas. Foi ou não foi falta em cima de Ubirajara? 
Se foi ou não, não importa mais, o fato é que o juizão não marcou e o Botafogo perdeu o título para o pó-de-arroz. 
O site Clássico é Clássico narra a polêmica decisão de 71: 

27/06/1971 - FLUMINENSE 1 X 0 BOTAFOGO - A vingança de Zagallo. 

O clima para a decisão do Campeonato Carioca daquele ano era de paixão, mistério, e claro, muita superstição. Mesmo em declínio, o Botafogo jogava pelo empate. Com esta vantagem, ficou na retranca. Era um verdadeiro jogo de xadrez desenvolvido de intermediária a intermediária. Foram poucas as chances de gol. Em uma das raras oportunidades, Lula acerta a trave de Ubirajara, aos 26 minutos do primeiro tempo. O segundo tempo começa como o primeiro. Aos 10 minutos, Zequinha tem boa chance, mas Assis o desarma na hora H. O Botafogo aproveita os espaços e consegue uma falta perto da área. Paulo César cobra e Felix voa, espalmando a córner. Faltavam dois minutos e a torcida alvinegra já esboçava uma tímida comemoração. Foi quando veio o lance fatídico: Oliveira centra, Flavio empurra Brito, que cai dentro do gol. Marco Antonio sobe como nunca e desloca o goleiro Ubirajara dentro da pequena área. Nada foi marcado na feroz disputa pela bola, que sobra limpa para Lula marcar o gol do título. Houve muita comemoração do time das Laranjeiras e muita reclamação dos derrotados. O choro, aliás, dura até o dia de hoje. Zagallo, então técnico do Flu, aproveitou e deu suas alfinetadas nos dirigentes alvinegros que o dispensara pouco tempo antes. Era a vingança do "Velho Lobo". 

Seja como for, hoje, Botafogo e Fluminense farão mais uma decisão. Só espero que a arbitragem tenha a mesma atuação do jogo Botafogo e Vasco, quando foi exemplar. Ninguém lembrou do juiz. E é assim que tem que ser. O árbitro tem que fazer o seu papel e de preferência não ofuscar as estrelas do jogo.

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