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terça-feira, 8 de maio de 2012

O LENGA-LENGA DA CPI E DO CONSELHO DE ÉTICA

A Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo no dia 29 de fevereiro deste ano. Desde lá, a cada dia, diversas gravações telefônicas vem à tona denunciando a participação de políticos, policiais e servidores públicos com a máfia do maior contraventor de Goiás, Carlos Augusto Ramos, mais conhecido por Carlinhos Cachoeira. 
A quadrilha de Cachoeira contava com o poderio político do Senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, do Governador de Goiás Marconi Perillo, PSDB, além dos deputados federais Leonardo Vilella e Carlos Leréia, ambos do PSDB de Goiás, Sandy Júnior do PP de Goiás e Stepan Nercessian, do PPS do Rio. 
Desde o seu início no dia 2 de maio, os trabalhos da CPI do escândalo Cachoeira parecem ser vistos com plena desconfiança. Não é por menos, pois, se de um lado, políticos da base aliada estão envolvidos até as cabeças, de outro, um nome de peso da oposição, o Governador de Goiás, vem enxovalhar ainda mais a grande teia do crime organizado. Portanto, tanto oposição quanto governo tem a perder nesse mar de lama. 
Os interesses justificam os meios, por isso que o desenrolar dos trabalhos da CPI lembram o andar vacilante de Jack Sparrow, de Piratas do Caribe. Há uma forte pressão da opinião pública quanto ao caso, mas ao mesmo tempo os passos têm que ser milimetricamente calculados para não se pisar em bosta de cachorro. 
A nova da CPI, agora, são os depoimentos secretos! Um absurdo. Se existe CPI é para que seja tudo esclarecido, não ofuscado. Depoimentos secretos só vêm a denegrir mais ainda a reputação da classe política. 
Enquanto isso, no Conselho de Ética do Senado, a grande dúvida é se abre ou não processo por quebra do decoro parlamentar contra o Senador Demóstenes Torres. 
Depois das gravações telefônicas da PF e dos vários indícios de participação no crime organizado de Cachoeira, como a gravação em que Demóstenes avisa ao bicheiro das ações do Ministério Público de Goiás, junto com a PF, no combate à máfia do jogo de máquinas caça-niqueis e com o depoimento mentiroso no Senado, o Conselho de Ética parece que está tentando encontrar algo que surja do além para salvar a cabeça de Demóstenes. 
Está claro que o órgão só foi criado para enfeite. Pura fantasia de mafiosos que através do faz de conta tentam iludir a opinião pública com fatos mentirosos para acobertar os seus crimes. 
Se antes, a defesa de Demóstenes tentava anular a Operação Monte Carlo por afirmar que as provas foram obtidas por meios ilegais, agora, a saída é afirmar que o envolvimento do Senador com o bicheiro foi antes de sua posse como Senador. 
Nessa sujeira em que políticos da oposição e governo têm supostas e, ao mesmo tempo, evidentes participações, o andamento está com cara de acabar como sempre, em pizza, infelizmente. 
Seja lá como vai acabar tudo isso, uma coisa fica clara: urge de imediato uma profunda reforma política.
Órgãos que deveriam funcionar como corregedores, como o Conselho de Ética e as manobras descaradas que não escondem as pútridas intenções de corruptos não podem ser mais toleradas em casas, onde o exemplo de decência e honestidade deveria ser a regra, não a exceção.


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