A Sd PM Fabiana foi morta com tiro de Fuzil |
Quem tem
uma pequena noção do que é o conjunto de favelas do Complexo do Alemão não
precisa ser especialista em segurança pública para chegar à conclusão de que
algo a mais tem que ser feito para coibir de vez a criminalidade na região.
O exemplo
de outras UPPs, principalmente as localizadas na Zona Sul do Rio, não pode ser
adotado, como um molde, ao Complexo do Alemão. Lá as coisas são mais difíceis, são
diferentes, até porque o próprio terreno dificulta as ações de vigilância.
A
estratégia fundamental da Unidade de Polícia Pacificadora é trazer a população
para o lado do Estado, isto é, fazer com que o morador da área pacificada
confie na polícia e apóie a operação de ocupação.
O
Exército por algum tempo tomou conta de toda a região. Talvez o respeito pelo
poderio bélico das Forças Armadas tenha sido preponderante para alguns meses de
paz. Entretanto, os traficantes usaram estratégias ardilosas para desgastar a
relação entre Exército e moradores, como fazer com que crianças conduzissem
armas e drogas para dentro das favelas.
Acusações
de troca de tiros e mortes de inocentes foram as deixas para que as Forças
Armadas deixassem o local. E realmente estava na hora. Não é interesse do Exército
ter sua imagem denegrida pela população, e não só do Alemão, mas de todo o
Brasil.
Todo esse
clima de tensão foi construído gradualmente. Após a ocupação das forças legais na região, alguns traficantes foram presos
e pouquíssimos mortos, outros, porém, fugiram para outras regiões e podemos
crer que voltaram para ocupar a sua área.
O ataque
à UPP de Nova Brasília tem que ser encarado como um marco para uma nova postura
do Governo, e se possível mais enérgica.
Bandido
que não respeita polícia é produto de uma relação simbiótica, nascida no caos
da distorção de valores e da falta de respeito que a polícia tem por si mesma.
Se o
Governo agir como tem feito em outras UPPs, o tráfico voltará a reinar na
região e ficará difícil o Estado ter o controle novamente.
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