O mês de julho e os meses de agosto e setembro têm tudo para ser um período marcante na história do Brasil; seja pelo lado positivo, seja pelo negativo.
O STF está julgando a Ação Penal nº 470 (Mensalão) com previsão do veredicto para o fim de setembro. As desculpas que não existem provas do crime já as ouço desde quando o escândalo foi escancarado. Será que a acusação, na figura do Sr Roberto Gurgel, é tão incompetente assim?
Se for ou não, eu não sei, só sei que os murmúrios de fortalecimento dos réus ganham força.
Enquanto isso, na CPI do Cachoeira, parece que os trabalhos vão chegando ao fim. E pelo andar das coisas, segundo a imprensa, parece que não vai dar em nada, como esperado, é claro.
A cada ‘novo’ depoimento silencioso, a CPI vem perdendo força e se rendendo às armações de uma quadrilha fortíssima que tem apoio de políticos, funcionários públicos e empresários.
A única saída seria o surgimento de uma nova figura com novas informações de práticas criminosas de Cachoeira e sua turma.
Concomitantemente a tudo isso, o Brasil vai provando nas Olimpíadas de Londres que um país fraco em planejamento, em educação e em investimento. Esse é o país que se orgulha a sediar uma olimpíada. Em 2016, o vexame será iminente.
Mas é claro que nada acontece por acaso. O exemplo claro de todo esse atraso, folcloricamente falando, tem como símbolo o Estado de Alagoas que ficou conhecido por ser o Estado dos ‘marajás’ e pelo seu filho mais ilustre, Fernando Collor de Melo, o único Presidente, até então, impedido de governar o país por má gestão.
Hoje, Alagoas vive o caos na segurança pública, como é um dos Estados mais pobres do país. Para justificar todo esse estado de descaso e má gestão, a educação pública está jogada às traças. O ano letivo da Rede Pública Estadual ainda não começou e já estamos próximos do findar do ano! Tudo devido às obras de recuperação de 166 escolas que tinham estado lastimável de preservação. Confira a reportagem abaixo:
Em reportagem divulgada no Bom dia Brasil, a jornalista Thaise Cavalcante apresentou o drama dos alunos da rede pública de ensino de Alagoas, que estão sem aulas por causa de reformas nas escolas. Mais de 10 mil alunos estão sendo prejudicados com o atraso.
A matéria mostra uma escola da parte alta de Maceió que está fechada desde fevereiro. Os pais foram informados que as aulas só terão início em setembro.
No total, 166 escolas de Alagoas passaram por reformas este ano, mas a maioria não cumpriu o prazo de conclusão de 90 dias o que levou o Ministério Público a processar o estado no mês passado.
Atualmente 34 escolas na capital e no interior continuam em obras, e 19 ainda não iniciaram o ano letivo, segundo a Secretaria Estadual de Educação.
No município de Arapiraca, agreste do estado, as obras de uma escola não têm previsão para acabar. Diante das condições sem previsão para o inicio do ano letivo, os 480 alunos tiveram que procurar outras escolas no município para não ficar sem estudar.
Enquanto isso, no município vizinho, Campo Alegre, mais de 700 alunos sofrem com a falta de professores. Os estudantes foram transferidos, provisoriamente, para duas escolas do município até que a reforma na escola estadual onde estão matriculados seja concluída.
A Secretaria de Educação do Estado de Alagoas informou que todas as escolas paralisadas vão começar o ano letivo até o dia 17 de setembro. E que o calendário de 2012 só será concluído em julho do ano que vem.
Pois é, até o fim do ano, muita coisa pode marcar o país. A esperança é que coisas boas venham a calhar, entretanto, e pelo que tudo indica, o lado negativo ganha força.
Se o julgamento do Mensalão terminar sem os resultados esperados e se Carlinhos Cachoeira continuar seus negócios, a nossa "última esperança" é que o Estado de Alagoas inicie o ano letivo ainda este ano, pois será até uma boa notícia.
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