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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Espaço Ponto de Vista: O Caso de Abuso Sexual da Professora

Professora suspeita de abusar de alunas é presa no Rio
Mulher teria cometido o crime com duas menores, ambas de 13 anos

Uma professora de matemática da rede municipal do Rio de Janeiro foi presa na madrugada desta quarta-feira (27) acusada de manter relações sexuais com duas adolescentes, ambas de 13 anos, que eram suas alunas. Policiais civis da 33ª DP (Realengo) prenderam Cristiane Barreira, de 33 anos, quando ela chegava à casa da mãe no bairro de Realengo, zona oeste da capital fluminense.
De acordo com o delegado Ângelo Lage, as investigações tiveram início quando a mãe de uma das adolescentes registrou queixa de desaparecimento da filha, que não era encontrada desde a última segunda-feira.
A mãe da jovem também afirmou que era a segunda vez que a adolescente não aparecia em casa por mais de 48h. A primeira vez ocorreu em agosto deste ano. Na época, a menina reapareceu e a mãe ficou desconfiada da professora, pois a adolescente recebia ligações telefônicas dela.
A mãe chegou a fazer uma queixa para o diretor da escola onde a jovem estudava e ele transferiu a educadora de unidade, a pedido da secretaria municipal de Educação. No entanto o caso não foi relatado à polícia na ocasião.
Após o relato da mãe, os policiais civis foram, então, até a casa da professora e souberam pelo marido da acusada que ela estava desaparecida, também, desde segunda-feira.

Investigação

Vários agentes ficaram em prontidão, desde as 17h de ontem, em locais onde as duas poderiam estar juntas. Cristiane foi presa na casa da própria mãe, às 4h da madrugada desta quarta-feira, e confessou que estava com a jovem em um motel.
Segundo o delegado, a professora deu detalhes de sua relação com a aluna e admitiu que a acariciava nas partes íntimas. Em seu depoimento, ela acrescentou que vinha se relacionando com a adolescente desde maio e que costumava manter relações sexuais com a menor no horário escolar, para evitar que os parentes suspeitassem.
No interrogatório, a mulher disse que está apaixonada pela adolescente e que deseja ter uma relação aberta e séria com a jovem. A professora também confessou que em uma ocasião também levou ao motel uma colega da jovem da mesma idade, 13 anos. Essa adolescente ainda não foi identificada.
Apesar de estar em período da lei eleitoral - que permite prisões a cinco dias das eleições somente em casos de flagrante -, o delegado afirmou que a prisão se enquadra nesta tipificação já que "o código penal diz que flagrante também é a prisão que ocorre em perseguição, mesmo após horas do crime ter sido cometido". A professora irá responder pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção de menores e, se for condenada, poderá cumprir uma pena de até 30 anos de prisão.

(Por Bruna Fantti, especial para o iG | 27/10/2010 13:06 - Atualizada às 18:10)

Nada justifica uma relação de afetividade mais profunda de um adulto com um menor sem o consentimento dos pais. No caso da professora de matemática, só tenho a lamentar o seu comportamento irracional e sua infeliz declaração (segundo a polícia) a respeito de seu relacionamento com duas menores.
Escuto, às vezes, relatos de maiores que já mantiveram relação sexual com menores de idade. Acredito que isso, hoje em dia, não seja algo tão surpreendente assim, pois levando-se em conta os avanços comportamentais e o nosso secular desprezo pela lei escrita, muita gente não leva a sério a gravidade de tal conduta, seja pelos encantos e sedução do menor, seja por já ter experimentado e nada ter acontecido. O fato é que isso é crime, e dos mais pesados; não apenas pela pena prevista no código penal, mas pelo repúdio de toda a sociedade, que apesar de execrar tal comportamento, como já disse, nos bastidores, muita gente acha normal, pra não dizer, mais um motivo de piada.
Não importa se a menor agiu maliciosamente ou se foi seduzida pela professora. A questão é sempre desfavorável para o maior. O maior de idade está numa posição de superioridade mental – ou pelo menos, que se prove o contrário – e física, em relação ao menor.
O caso de Cristiane (professora) é ainda mais grave, pois além de ser acusada de aliciar uma menor de idade, usou de seu status de educadora para sobrepujar uma relação mais estreita de afetividade, isto é, além da supremacia física e mental, Cristiane se aproveitou de sua posição de superioridade no vínculo mestre-aluno para seduzir e se fazer seduzir pela menor.
Só tenho a lamentar por todos: pela família, pela menor, e, principalmente, pela professora que, como mostram os fatos, jogou sua vida no lixo.

(Por Franco Aldo – 28/10/2010 – às 11:35Hs)

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