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sábado, 31 de março de 2012

FESTA DIGNA A UM GRANDE JOGADOR

Assisti ao finalzinho da partida comemorativa da despedida do jogador Edmundo, pelo Vasco da Gama, contra o Barcelona do Equador. O placar foi o de menos, 9 X 1 para o Vasco. 
No futebol, Edmundo é conhecido pelo codinome “animal”. O apelido foi posto pelo narrador esportivo Osmar Santos, pois além de detentor de um futebol de talento, de rara habilidade e disposição física, Edmundo foi uma espécie de jogador “bad boy”, muito temperamental. 
O jogador iniciou sua carreira no Vasco, nos idos de 1992. Passou por clubes importantes do Brasil como Palmeiras, Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense e Santos. No futebol internacional, jogou no Nápoli, Fiorentina e esteve de passagem pelo futebol japonês. 
Se não foi no Vasco as suas maiores conquistas (pelo Palmeiras, os brasileiros de 1993 e 1994), pelo menos conquistou o título do brasileiro de 1997, fazendo dupla com Evair. O time tinha no elenco nada mais que Pedrinho, Felipe, Juninho, Ramon e Odvan e, os veteranos, Carlos Germano, Mauro Galvão, Luisinho. Ele marcou 29 gols no campeonato, superando em um gol o recorde do atleticano Reinaldo, que durava 20 anos. Seu recorde só iria cair quando o Brasileirão adotou o sistema de pontos corridos, em 2003, onde há turno e returno entre todos os times e, com isso, mais jogos. Nove desses gols são lembrados em especial: os seis da vitória por 6 x 0 sobre o União São João, em noite em que ele inclusive perdera pênalti; e três na vitória por 4 x 1 sobre o arquirrival Flamengo nas semifinais, na noite em que ele superou Reinaldo. 
Foi devido à conquista do brasileiro de 1997 que Edmundo ganhou o respeito pelos torcedores do Vasco e entrou, de vez, para a seleta galeria dos ídolos do clube cruzmaltino. 
A festa foi maravilhosa, digna do talento e da história do jogador. 
Mesmo com histórias polêmicas, tanto nos gramados, quanto fora deles, Edmundo foi um jogador diferente. Não chegou a ser um Heleno de Freitas, mas foi mais um jogador de raro talento, cujo temperamento, muitas vezes, foi manchete dos jornais e das conversas de botequins.
Quem não se lembra da reboladinha ante o zagueiro Gonçalves do Botafogo, na decisão do estadual de 1997, entre Vasco e Botafogo? Ou então, do grave acidente de carro que foi responsabilizado pelas mortes de três pessoas, em 1995, na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio? 
Independente do que tenha feito de ruim fora de campo, o que vale na despedida é o que ele fez dentro de campo. As torcidas do Palmeiras e do Vasco agradecem. 
Parabéns torcedor vascaíno pela grande festa a um grande jogador.

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