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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Espaço crônica do dia: Uma vez magro, sempre magro


Passei em frente a uma loja de roupas qualquer, num shopping qualquer do Rio, e resolvi entrar para dar uma olhadinha nas calças. Procurei as que mais me agradava e resolvi vesti-las para ver se ficava bacana. Mas para minha surpresa, perdi quase uma hora só experimentando vários números, pois o meu velho nº 40 já estava há muito defasado, tendo me caído bem, para o meu espanto, o nº 44. Foi aí que caí em meditação; será que eu estou gordo?
Bem, quem me conhece sabe que sempre fui magro, mas muito magro. Na minha infância e adolescência eu era um magro de uma magreza não muito bela, pra dizer que era bem feia, mas nunca fui um magro doente, isso é a única coisa que posso me gabar, pois sempre fui de comer muito pouco, nunca a gula me excitou os ânimos, até por que nunca exigi do meu corpo atividade que justificasse repetir um prato fundo de comida, portanto quem me conhece sabe muito bem disso.
Já quando entrei no exército, passei de uma magreza inocente, fruto do pouco uso do corpo, para uma magreza mais aerodinâmica..., calma que eu vou explicar. Quero dizer que após a minha entrada nas forças armadas, passei a ter um corpo mais resistente, mais, vamos dizer, ‘duro’, fruto dos exercícios físicos diários durante os meus quase quatorze anos de caserna, portanto era um magro, como sempre fui, só que com mais vitalidade, mais resistência, mais dinamismo, isto é, aparentemente um magro esbanjando saúde e muita potência.
Agora o problema todo está nos dias de hoje. Devido a minha saída do exército, junto com o comodismo de minha nova vida ociosa e os exercícios que faço constantemente com a cevada, cheguei à conclusão que não sou o mesmo magro de sempre, uns até afirmam que estou um pouco mais gordinho. É pra ficar alegre? Olhando no espelho continuo o mesmo, mas talvez o queixo que sempre foi pequeno, agora já esteja imperceptível na minha discreta papeira. E pra piorar, muita gente diz que o problema todo é a barriga! Só que, quando me deparo com uma infâmia dessas, digo que não engordei nada e que o problema não é barriga coisa alguma, continuo o mesmo magro de sempre, só que com outro nome..., um magro redondo! Alguns engraçadinhos dizem que é redondo por causa de uma marca de cerveja! Não tem problema, pois acho que eles entenderam o que eu quis dizer.
Então, acho que engordar eu não engordei! O que aconteceu foram algumas alterações nas minhas extremidades, principalmente no quadril, pois alguns amigos meus, aqueles que me conhecem desde pequeno, dizem que o dia que eu ficar gordo, talvez seja doença ou algum trabalho muito bem feito. Portanto, quem me conhece há muito tempo não acredita na aquisição de verdadeiros quilos e na adoção de uma silueta mais larga por minha parte. O que eu digo pra eles é que não acredito em milagres, mas nessa vida tudo pode acontecer, até coisas inexplicáveis, ou melhor, coisas que tem explicação, mas muita gente não quer acreditar, até por que isso já é outra história. Então, digo pra eles que continuo o mesmo magro de sempre, só que em outra fase. A fase do magro redondo. Mas voltando às minhas calças, só sei que levei duas quarenta e quatro. E olha que ficaram justinhas!

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