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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Espaço Ponto de Vista: O debate dos Presidenciáveis


A Rede Bandeirantes de televisão promoverá na noite desta quinta-feira o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República. Após um curto corpo-a-corpo pelas principais capitais do país, os candidatos, agora, têm a missão de convencer os eleitores, através da TV, esclarecendo seus programas de governo e, principalmente, promoverão aquela velha baixaria de acusações.
Quanto aos três principais candidatos – Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva –, gostaria de tecer algumas considerações, pois ao meu olhar, nenhum desses candidatos inspira a confiança mínima para dirigirem o Brasil.
A candidata Dilma Rousseff representa a continuação de tudo o que foi visto no governo Lula: mensalões, escândalos dos mais variados, corrupção por todos os lados, bolsas diversas para os ‘carentes’ (ou compra de votos?) e, principalmente, a omissão do Chefe do Executivo. Na minha opinião, o que mais marcou os oito anos de governo Lula foi a omissão do presidente nos principais escândalos envolvendo os seus comparsas, José Dirceu, José Genuíno..., e assim por diante. E sempre o nosso presidente procurou preservar a sua imagem de pobre e honesto, marcas de sua elegibilidade, mesmo que as circunstâncias estampassem claramente o seu envolvimento nos escândalos. Além de tudo isso, a candidata Dilma Rousseff tem um estilo próprio de se portar, a sua arrogância; característica de quem já matou – tendo como causa o já batido militarismo – para conseguir o privilégio do poder. A luta foi sua ou foi pelo Brasil? Eis a pergunta que não quer calar.
Já o candidato do PSDB, José Serra, parece, mais uma vez, que ficará a ver navios. Os principais meios de comunicação, desde cedo, já estão manipulando a opinião pública e dando como certa a vitória de Dilma. José Serra representa o conservadorismo político que ficou ausente nesses oitos anos de governo do PT, assim quer virar a mesa e fazer com que seus asseclas voltem a tomar conta da direção do país. Sua presença no Palácio da Alvorada beneficiaria muito mais os grandes empresários do país em detrimento aos interesses do povo em geral. O desemprego, marcas do governo FHC, quando da criação do Plano Real, restaria ainda mais fortalecido, pois no jogo com a economia do país – e economia significa interesses do setor privado – José Serra e seu ministro dariam ampla preferência aos interesses alheios alegando o equilíbrio de toda a economia. E quem é que entende de economia? Poucos. Para o povão, se a moeda não desvalorizar e se os preços do mercado estiverem os mesmos, como no mês passado, está ótimo, como aconteceu no Plano Real. Portanto, José Serra e o PSDB têm força política, mas não é a pessoa certa – e nem o partido – para equilibrar os interesses do povo e dos empresários.
E por fim, Marina Silva do PV ganha disparada em simpatia, mas perde contundente no mal vestir (imagem de pobre?)... Brincadeiras pra depois, Marina Silva, como o próprio sobrenome, significa a representação do genérico, do comum, do povão. Tem bons projetos de governo, principalmente os ambientais, mas não tem força política, muito menos experiência nos mistérios da governança. Sua presença no Palácio da Alvorada poderia significar uma grave desarmonia política no Congresso e, talvez, tornaria seu governo muito mais difícil. Talvez fosse a candidata ideal do povo, como nos deu a falsa ilusão a do presidente Lula, mas não joga mais no PT, agora a candidata é do PV, um partido muito modesto e que não tem o apoio das principais lideranças do país. Portanto Marina Silva, mulher trabalhadora, que até os seus quinze anos era analfabeta, neste momento, não representa os interesses do povo brasileiro, pois o seu partido (ou governo? Eis a grande questão?) não distribui dinheiro por aí, não fala gratuitamente em bucho cheio, pois sabe que o problema do país está muito além da esmola, está na falta de vergonha.
Pra finalizar, vocês devem estar se perguntando, mas qual é o candidato ideal pra esse sujeito? Respondo com um ‘não sei’ bem grande, pois por tudo o que nos foi fornecido, na minha modesta opinião, eu sei bem quem não deve receber a faixa presidencial. É o preço da democracia. É o preço do atraso. É o preço de nossa eterna colônia.

- Por Franco Aldo, Rio, 05 de agosto de 2010 -.

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