Sejam Bem-Vindos!

O Botequim é um espaço democrático e opinativo sobre os mais diversos assuntos, envolvendo a sociedade brasileira e o mundo.

Sejam Bem-vindos!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O FRACASSO DAS BANDAS 'EMO' NO ROCK IN RIO

No meu artigo sobre o Rock in Rio, fiz crítica a respeito da qualidade das atrações do festival, mas é claro com uma ponta de inveja, pois fiquei impedido, mais uma vez, de participar.
Com muita certeza, o melhor dia da festa foi ontem com as participações do GLÓRIA, COHEED AND CAMBRIA, MOTÖRHEAD, SLIPKNOT e METALLICA; a verdadeira noite do metal.
No dia anterior, NX ZERO, STONE SOUR, CAPITAL INICIAL, SNOW PATROL e RED HOT CHILI PEPPERS fizeram a galera vibrar no palco mundo, com exceção do NX ZERO que segundo a crítica e o público foi um fracasso. O NX ZERO é uma espécie de banda com característica ‘emo’, um termo que, sinceramente, até ontem era desconhecido pra mim.
Assim como o NX ZERO, o GLÓRIA, que tocou inexplicavelmente no palco mundo, foi um dos que não conseguiu ter o sucesso esperado. O show do grupo paulista, que para a crítica também é uma banda ‘emo’, foi quase no mesmo horário do SEPULTURA que tocou num palco alternativo. Talvez seja por isso que o GLÓRIA quase teve seu show arruinado..., ou salvo? Sim, devido à simultaneidade dos dois shows, talvez, o GLÓRIA tenha escapado de uma vaia geral da galera sedenta pelo heavy-metal.
De qualquer maneira, o objetivo deste artigo não é exaltar aqueles que fizeram sucesso, até agora, com suas poderosas guitarras, mas sim esclarecer tendências que se para muita gente não é novidade alguma, para mim, pelo menos, é novo. Por isso fiquei com a pulga atrás da orelha para saber o significado da expressão ‘EMO’.
Procurei no Wikipédia o significado e origem da expressão. Na verdade ‘emo’ é uma denominação para algumas de bandas rock que possuem um “gênero musical tipicamente caracterizado pela musicalidade melódica e expressiva, e por vezes letras confessionais”. O estereótipo ‘emo’ é caracterizado por um comportamento geralmente emotivo e tolerante, e pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos, listrados, Mad Rats (sapatos parecidos com All-Stars), cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos.
Enfim, ser ‘emo’ é curtir uma espécie de rock com tendências mais brandas, emotivas, longe da agressividade e da loucura do puro heavy-metal. Talvez seja por isso que o público do Rock in Rio, ontem, tenha preferido o SEPULTURA ao GLÓRIA.

DEFINIÇÃO

Emo (pronuncia-se AFI: [ˈiːmoʊ] como originalmente em inglês, embora adaptações do termo em diferentes línguas ao redor do mundo sejam comuns) ou Emocore (padrão AFI: [iːmoʊˈkɔr] para a língua inglesa, com a variedade iːmoʊˈkɔɹ, pronunciando-se como o -r(consoante) dos dialetos caipira e paulista do Centro-Sul do Brasil, sendo dominante nos Estados Unidos) é um gênero musical pertencente ao Rock tipicamente caracterizado pela musicalidade melódica e expressiva, e por vezes vezes letras confessionais. Originou-se entre o Hardcore punk em meados de 1980, Washington DC, onde era conhecido como "emotional hardcore" ou "emocore" e cujas bandas pioneiras foram Rites of Spring e Embrace, parte da primeira cena do Post-hardcore conhecida como Revolution Summer. Como o estilo contemporâneo foi ecoado por bandas de Punk rock estadunidense, seus som e significado mudaram e se transformaram com a mistura ao Indie rock e sua entrada como um subgênero do mesmo, no início de 1990, por grupos como Cap'n Jazz, Jawbreaker, Braid, Mineral e Sunny Day Real Estate. Até meados dos anos 1990 numerosos actos emo surgiram a partir do meio-oeste e da região central dos Estados Unidos, e várias gravadoras independentes começaram a se especializar no gênero.
O Emo entrou na cultura popular no início da década de 2000 com o sucesso de Jimmy Eat World e Dashboard Confessional e da emergência do subgênero "Screamo". Nos últimos anos, o "emo" tem sido aplicado por críticos e jornalistas para uma variedade de artistas, incluindo as bandas com grande popularidade e actos premiados, e grupos com diferentes estilos e sons, especialmente o Pop punk de Simple Plan, Good Charlotte, Fall Out Boy, Panic! at the Disco e vários outros, fugindo à tradicional definição de 'Hardcore punk não-ideológico' e seus derivados diretos (como fora o caso da maioria dos grupos rotulados de Emo antes do Século XXI).
My Chemical Romance, Coheed and Cambria, Thursday, Matchbook Romance e Saosin são exemplos de bandas relativamente modernas com influências – desconsideráveis a parcas, moderadas dependendo do álbum – do que era Emo nos anos 90 e do que era Post-hardcore nos anos 80, e que atingiram considerável popularidade. Ao contrário do que se pensa no senso-comum brasileiro, o gênero Emo não está "morto", ao menos nos Estados Unidos. Isso sem falar nas bandas Indie Emo – ou seja, a forma purista, tradicional, do gênero – de pequena popularidade que continuam a surgir até hoje, na década de 2010.
Atualmente, os termos "emo" e "emocore" não mais definem um gênero com as mesmas origens e características, mas sim encarados como um termo 'guarda-chuva' para tudo o que seja melódico e expressivo, o que gera muita confusão e polêmica sobre os rótulos de bandas dos mais variados gêneros, desde o Teen Pop até o Heavy Metal. Muitos críticos consideram o próprio termo "emo" como uma forma de ofensa.
Além da música, o termo "emo" é frequentemente usado mais genericamente para significar uma relação particular entre fãs e artistas, além de descrever aspectos relacionados com a moda, cultura e comportamento, embora não se trate de uma subcultura verdadeira pois o Emo, desde a sua origem, foi um gênero nascido para não ter ideologia em comum. Apesar disso, nos últimos 7 anos muitas pessoas adotaram esses aspectos como uma tribo urbana, e mais, um estilo de vida.

ORIGEM

Existem várias versões que tentam explicar a origem do termo "emo", como a que um fã teria gritado "You´re emo!" (Você é emo!) para uma banda (os mitos variam bastante quanto a banda em questão, sendo provavelmente o Embrace ou o Rites of Spring).
No entanto, a versão mais aceita como real é a de que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de Skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington DC, como as já citadas Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party. Aparentemente, o termo "emocore" é uma abreviação de emotional hardcore, e o termo "emo" surgiu para dar espaço aos subgêneros como Screamo e 90's Emo, que não eram -core por não serem derivados diretos e puristas do Hardcore punk.
É importante lembrar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se auto-definiu através deste rótulo. A palavra "Emo" foi vista como uma piada, ou algo pejorativo e artificial, seja uma forma de tentar excluir do Hardcore punk tudo o que não tivesse temas estritamente ideológicos (o que seria limitante e conservador demais), seja uma forma de criar uma jogada de marketing sobre algo que, segundo eles, seria perfeitamente parte do já citado gênero musical Hardcore punk, respectivamente.
Nesta época, outras bandas já estabelecidas de Hardcore punk, como Nation of Ulysses e Shudder to Think, também aderiram a esta onda inicial do chamado "emocore", diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do Pop punk de então, que era radicalmente diferente do que seria chamado de Pop punk nos anos 2000. Hüsker Dü (banda de formação anterior a Rites of Spring), Policy of 3, One Last Wish, Fuel, Still Life, Moss Icon, Lifetime, Hot Water Music, Small Brown Bike e Fugazi também foram importantes bandas desse cenário onde as primeiras diferenças do Hardcore punk com o Post-hardcore e o Emo começavam a serem notadas.
Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". Já estabelecida essa primeira cena melódica, expressiva e confessional de Hardcore punk, as bandas que começaram a surgir no interior estadunidense absorveram características do então ascendente e crescente Indie rock durante os anos 90, como já foi dito. A partir daí, houve uma explosão na quantidade de bandas que seriam possíveis de serem rotuladas como Emo, e o tabu que cercava o rótulo se desfez até a explosação mainstream do tão polêmico subgênero Emo-pop (embora a maioria dos fãs de 90's Emo, da primeira geração do Screamo e das bandas pioneiras citadas desacreditem que o mesmo faça parte da cena), que possui, se muito, alguns traços de Hardcore punk e Indie rock em meio ao Pop punk.

(Fonte: Wikipédia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário