Sejam Bem-Vindos!

O Botequim é um espaço democrático e opinativo sobre os mais diversos assuntos, envolvendo a sociedade brasileira e o mundo.

Sejam Bem-vindos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sarney e o Seis por Meia Dúzia

Sarney dá uma “lambreta” para emplacar Gastão.

A presidenta Dilma Rousseff ensaiou um ato de resistência ao presidente do PMDB, José Sarney. Mas durou pouco.

Na reunião dos vice-líderes no fim da tarde de ontem, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) comunicou – com todas as letras – que um nome do Maranhão, no caso o próprio Gastão Vieira, tinha poucas chances porque Dilma estava resistindo a substituir Pedro Novais por outro aliado de Sarney.

Seria constrangedor apresentar uma lista tríplice sem o nome preferido de Sarney e aí surgiu a esdrúxula saída – pelo menos publicamente – de indicar toda a bancada.

Quando Alves e o vice-presidente Michel Temer acreditavam que Sarney havia jogado a toalha, o presidente do Senado deu uma “lambreta” na última hora. Disse que o cargo era dele. E, como se sabe, Sarney não abre mão de nenhum espaço político.

Sua mira foi melhor do que a do jogador Leandro Damião.

(Por Jorge Félix e Tales Faria – Poder Online – 15/09/2011 – 06:02hs)

Às vezes ouço por aí que o jogo político, aqui no Brasil e, talvez, em todo o mundo, é algo sujo, mesquinho. Mas diante de tanto descaramento e desfaçatez, acho que a alma da política brasileira é muito mais que isso. É algo grotesco, fingido. José Sarney é o tipo de político que representa muito bem a corja sem moral e sem valores que afunda o Brasil.
Depois das vergonhosas denúncias de mau uso do dinheiro público, tráfico de influência e toda ordem de irregularidades, o ex-ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu demissão na quarta-feira, sentindo-se, é claro, injustiçado pelas denúncias, pela forte pressão e pela falta de apoio de seu próprio partido. É o tipo de situação que na gíria carioca significa “perdeu playboy”. Só que nossa política é muito séria e transparente; daí, o então todo poderoso do Senado, Coronel Sarney, resolveu mexer seus pauzinhos e indicar “à força” o nome de seu assecla, Gastão Vieira, que por ‘coincidência’ é do PMDB do Maranhão. É o que eu chamo de trocar seis por meia dúzia.
Daí, podemos concluir que na espinha dorsal da corrupção no Brasil, o cabeça não muda, o que muda são apenas as peças intermediárias que desencadeiam os desvios e enchem os bolsos dos poderosos que sustentam um trono no legislativo.
Isso tudo é uma pequena prova do poder quase supremo do Coronel Sarney.

(Por Franco Aldo – 15/09/2011 – às 12:06hs)

Nenhum comentário:

Postar um comentário