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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PT Recusa Faxina, mas quer Reforma Contra Corrupção

Em documento, PT recusa ‘faxina’ de Dilma e pede reforma contra corrupção.

Partido abre seu 4º Congresso, no qual apresentará resolução que evidencia incômodo com demissões promovidas nos ministérios sob suspeitas de irregularidades e desvios.

BRASÍLIA - Em uma resolução política de 24 páginas, o PT não conseguiu esconder o incômodo com a chamada "faxina" promovida pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que derrubou quatro ministros em dois meses e 12 dias. Sob o argumento de que a oposição, apoiada por uma "conspiração midiática", quer dissolver a base parlamentar do governo, o documento que guiará os debates do 4.º Congresso do PT - desta sexta-feira, 2, a domingo, 4, em Brasília - não faz rodeios. A recomendação é para o partido repelir as "manobras" para promover a "criminalização generalizada" da base aliada.
O texto, obtido pelo Estado, diz que o núcleo de combate à corrupção reside na reforma política e do Estado. Não tece críticas à conduta de Dilma, mas faz questão de defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando as medidas tomadas por ele para o "combate implacável" à corrupção. Nos bastidores, petistas temem que ações de Dilma acabem carimbando o governo Lula como "corrupto", já que todos os demitidos foram herdados da gestão passada.
O PT atribui a turbulência no governo, provocada pelas demissões na Esplanada e em repartições dos Transporte e da Agricultura, à oposição "e a seus aliados na mídia conservadora". Para a cúpula petista, é mais do que necessário discutir no Congresso o marco regulatório da comunicação social.
"A oposição, apoiada - ou dirigida - pela conspiração midiática que tentou derrubar o presidente Lula, apresenta-se agora liderando uma campanha de ‘apoio’ à presidente Dilma, para que esta faça uma "faxina" no governo", diz o texto.
Na sequencia, o documento constata que políticos "sem credibilidade", e "omissos" no combate à corrupção em seus próprios Estados, tentam agora "dissolver a base parlamentar do governo Dilma", a fim de bloquear suas iniciativas.
Com sinal verde da Executiva Nacional do PT, reunida na quinta-feira, 1º, o texto ainda poderá sofrer emendas e mudanças no Congresso petista, amanhã. O encontro, a ser aberto nesta sexta com festa por Dilma e Lula, foi convocado para reformar o estatuto do PT.

(Por Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo, 01 de setembro de 2011 | 22h 40)

Chega a ser irritante a postura do PT em alegar que os graves indícios de corrupção no Governo Dilma sejam uma conspiração da oposição com os principais meios de comunicação do país. Aliás, esse mesmo PT, junto com o ex-presidente Lula, tentou, sem sucesso, estabelecer uma espécie de censura aos órgãos de imprensa, através de um decreto sobre “Direitos Humanos” que propunha alterar a Constituição, em artigo 221, alegando uma tal de “Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos”, através de uma tal de Diretriz 22. Na verdade, esse tal decreto é uma espécie de AI-5 da era moderna, até porque, ninguém estabelece uma censura alegando maus motivos, e assim foi também com os militares.
O problema todo é que a corrupção rola solta a olhos vistos e a sociedade clama por justiça, enquanto isso a Presidenta Dilma fica numa posição de fogo cruzado; de um lado, seus companheiros de partido que não querem largar o osso e as regalias, por isso jogam a culpa da corrupção para os oposicionistas e a imprensa, como se fosse uma invenção, um golpe de facínoras sedentos por vingança; e de outro, a opinião pública, a oposição e a imprensa que gritam por uma reforma política; uma lavada de roupa suja para que, pelo menos, seja posto para debaixo do tapete um pouco da sujeira que ultimamente tem emporcalhado os Ministérios da Agricultura, Transportes e Turismo.
É muito difícil limpar o próprio quintal de quem está atolado até a cabeça de sujeira, sem demonstrar que também está sendo limpo. Essa é a tarefa da Presidenta Dilma que, assim como Lula, tenta governar o país no bom estilo “não vi e não sei de nada”, enquanto seus asseclas, que não medem esforços em arrombar descaradamente os cofres públicos, vão dando trabalho e mostras de uma pilantragem que já deveria ter sido extinta, há muito tempo...

(Por Franco Aldo – 02/09/2011 – às 13:19hs)

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