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domingo, 28 de novembro de 2010

Espaço Ponto de Vista: Dia Histórico no Combate à Criminalidade no Rio

Assassino de Tim Lopes é preso no Complexo do Alemão
Elizeu Felício de Souza, o Zeu, estava escondido em uma casa da comunidade

A polícia prendeu na tarde deste domingo (28) Elizeu Felício de Souza, o Zeu, um dos assassinos do jornalista Tim Lopes e um dos principais nomes do tráfico de drogas da região.
Zeu estava foragido da polícia desde 2007, quando fugiu da prisão no primeiro dia após conseguir o direito do regime semiaberto. Ele cumpriu apenas cinco dos 23 anos a que foi condenado.
O criminoso foi preso em uma casa, no Largo do Coqueiral, dentro do Complexo do Alemão. Ele estava desarmado e, segundo o coronel Álvaro Garcia, chefe do Estado Maior da Polícia Militar, ofereceu uma pequena resistência, mas foi convencido pelos policiais a se entregar. "Ele tinha medo de se entregar, mas os policiais garantiram que se ele se entregasse seria conduzido sem violência, então ele cedeu rapidamente", garantiu.
Para o coronel, a prisão de Zeu foi a mais importante desta operação até agora. “O trafico do Rio está com as pernas quebradas”, finalizou.

(Por Daniel Gonçalves e Fábio Grellet, especial para o iG | 28/11/2010 15:12)

É fato que o dia 28/11/2010 ficará para a história do Rio de Janeiro e do Brasil, devido à megaoperação de combate ao tráfico de drogas que foi coroada com a invasão do complexo do Alemão; uma área enorme composta de dezenas de favelas, onde o poder público – a polícia – já há muito tempo não tinha ingerência.
Como já disse, os verdadeiros interesses da pacificação de uma das regiões mais violentas e perigosas do Brasil e, quiçá, do mundo, estão visíveis para aqueles que querem enxergar. Mas o fato é que, mesmo assim, o Governo Cabral conseguiu algo que nenhum outro governo se propôs a fazer, combater o tráfico como deve ser combatido.
A violência do Rio e o tráfico de drogas é o resultado de muitas décadas de descaso político, e não se resolverá de uma hora para a outra. A repressão é apenas umas das dezenas de ações que o Governo do Rio e o Governo Federal deverão implantar na cidade.
Acho que apesar do clima festivo de empolgação com as ações do poder público, o atual governo e os futuros deverão mostrar que realmente estão interessados em combater a criminalidade como deve ser combatida; com educação, inclusão social, saúde e segurança.
Todos que me conhecem sabem que não sou partidário do governo do PT, muito menos do governo do PMDB de Sérgio Cabral, mas é preciso enaltecer a união desses governos na repressão à criminalidade no Rio, apesar de por trás dela se esconderem forças políticas e econômicas que têm o único interesse de civilizar temporariamente o Rio de Janeiro até o fim dos grandes eventos (Copa e Olimpíadas).
É muito difícil imaginar que esse sacrifício no combate ao tráfico de drogas tenha apenas o objetivo trazer esperança aos moradores das comunidades afetadas, até porque seria muita tolice pensar assim, mas com certeza trará algo de bom, mesmo que seja o mínimo, numa região que nunca teve nada.
Com interesses verdadeiros e saudáveis, as regiões que antes pertenciam ao obscuro poder paralelo dos traficantes podem se tornar comunidades saudavelmente incluídas nas políticas públicas do governo.
A guerra ainda não terminou, muito menos foi vencida.

(Por Franco Aldo – 28/11/2010 – às 19:29Hs)

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