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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Estranha Fusão Carrefour e Pão de Açúcar

Mesmo não sendo economista, tenho os meus receios quanto à possível junção do grupo Carrefour com o grupo Pão de Açúcar. É claro que minha preocupação vem de um leigo que apenas desconfia da legalidade da participação do BNDES e num evidente enfraquecimento da concorrência no setor, podendo facilitar o crescimento de um fantasma que aterrorizou o Brasil por muitas décadas, a inflação.
Saber ao certo quem sairá ganhado e perdendo nessa história é uma incógnita, pois ainda é muito cedo e, até porque, a fusão ainda não aconteceu.
O certo é que os dois litigantes nessa história, Abílio Diniz e o grupo Casino (Casino deteria em torno de 34% das ações do Pão de Açúcar) estão levando a questão até para a área criminal. O grupo Casino contratou o criminalista José Carlos Dias, enquanto Abílio Diniz contratou, nada mais nada menos, Márcio Thomaz Bastos. Tudo isso para que fique clara a legalidade ou ilegalidade do negócio. Portanto uma guerra de titãs.
Mas por enquanto, para a opinião pública, resta saber se é legal ou não a participação do BNDES nessa história, pois recursos públicos serão despejados nos cofres dessas empresas. O economista Celso Ming, em seu artigo “Fusão esquisita”, de 30 de junho de 2011, questiona claramente a participação do BNDES, confira:

Sem ao menos questionar a lisura do negócio e sua legalidade (perante os organismos de Defesa da Concorrência e perante o atual acordo de acionistas), o BNDES já se dispôs a despejar quase R$ 4 bilhões em dinheiro público. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro do Desenvolvimento fazem a afirmação estranha de que “não há recurso público” envolvido na parada. E, no entanto, o BNDES, que trabalha com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Tesouro acaba de receber nova injeção de vitamina oficial, desta vez de R$ 50 bilhões. Se os recursos de um banco estatal como o BNDES não são públicos, que acionistas privados então o sustentam?

Muita coisa ainda vai acontecer. Só esperamos que o que for feito seja, pelo menos, não prejudicial ao consumidor e a sociedade.

(Por Franco Aldo – 01/07/2011 – 08:28hs)

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