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sábado, 25 de setembro de 2010

Espaço Ponto de Vista: Roriz, Julgamento do 'Ficha Limpa' e o Povo

Vox Populi: Antes de desistir, Roriz tinha 33% dos votos
Candidato do PSC, que abdicou hoje da sua candidatura, estava em segundo lugar; Agnelo Queiroz (PT) liderava com 44%

Antes de desistir da sua candidatura, Joaquim Roriz (PSC) estava em segundo lugar, com 33% dos votos, na disputa pelo governo do Distrito Federal, segundo levantamento Vox Populi/Band/iG divulgado hoje. Agnelo Queiroz (PT) liderava a disputa com 44% dos votos.

Roriz abdicou hoje da disputa em favor da sua mulher, Weslian Roriz (PSC).

Ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, o ex-governador por 4 mandatos tomou a decisão de retirar a candidatura após o impasse dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a lei na sessão de ontem.
Roriz oscilou negativamente 3 pontos em relação à última pesquisa feita pelo instituto em agosto. Já Agnelo ganhou 18 pontos percentuais em um mês e tomou a liderança. Toninho (PSOL) é o terceiro com 3% dos votos. Brancos e nulos somam 7% e os indecisos 13%.

(Fonte: Piero Locatelli, iG São Paulo | 24/09/2010)

Ontem, eu assisti à reportagem a respeito do momento em que ‘o perseguido’ Joaquim Roriz, do PSC, esclarecia à imprensa a sua abdicação ao cargo de Governador do Distrito Federal em prol de sua mulher, a dona de casa Weslian Roriz. Foi uma cena patética, que estampou claramente o medo de um covarde que foge às suas responsabilidades, mas não quer largar, de jeito nenhum, a teta da máquina pública. Uma cena digna desses últimos dias que antecedem às eleições.
Aliado à figura de Roriz e sua corja de bandidos, presenciamos boquiabertos ao empate, em 5 a 5, do julgamento no STF sobre a aplicação da ficha limpa e, é claro, o retardamento do veredicto final para o fim da semana, já para não dar tempo de não se resolver nada antes das eleições.
É perceptível em tudo isso o conflito de interesses políticos; manobras, mentiras, alusão a preceitos constitucionais, perseguições de todos os gêneros, conluio dos mais descarados, mas não devemos perder a noção da realidade, dos valores morais – que está longe de existir aqui – em prol das armações de aproveitadores e falsos líderes populares.
A questão do emprego da ficha limpa, para as eleições de outubro, reflete muito mais um jogo sujo de forças políticas, quando se está em jogo quatro anos de delícias com o dinheiro público, do que um verdadeiro início de moralização de nossa política. E como sempre, a letargia temporal é invocada para abafar a catarse inicial, para caducar o prazo da sanção, para dar oportunidade de uma nova eleição, para fazer do contentamento a passividade esperada, isto é, vamos ‘empurrar com a barriga’, assim as coisas serão solucionadas. Portanto, a lentidão de resposta, culminando no retardamento de ações moralizadoras é o principal artifício de nosso judiciário-político.
E pra piorar todo esse cenário de maucaratismo e falsidade, temos o povo, alheio a tudo. Facilmente influenciável e merecedor de todo o descaso possível de seus amados líderes.
É um tempo de muita podridão, que só a educação poderá amenizar um pouco esse nosso interesse – profundamente individualista – a respeito das coisas públicas.

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