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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Assassinato da Juíza Acioli

Juíza é assassinada a tiros em Niterói (RJ)

Uma juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, foi morta a tiros na madrugada desta sexta-feira no bairro Piratininga, em Niterói, também na região metropolitana.
Segundo a polícia, a juíza Patrícia Lourival Acioli, foi morta no momento em que chegada em sua casa.
Testemunhas disseram que os criminosos estavam em dois veículos e duas motos quando dispararam contra a juíza, que estava dentro do seu carro.
Os criminosos fugiram e não tinha sido identificados até a manhã de hoje. O caso deverá ser investigado pela Divisão de Homicídios do Rio.
Parentes da juíza disseram em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, que Acioli vinha recebendo ameaças de morte havia cerca de cinco anos.

(Por Folha. Com – 12/08/2011 – 04h50)

O assunto não é dos mais agradáveis. Eu só coloquei aqui no Blog porque é uma notícia que revolta. A Juíza Patrícia Lourival Acioli foi morta a tiros na porta de sua casa e, pela reportagem, já estava sendo ameaçada de morte por um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
No passado, a Juíza já havia condenado policiais que participavam do grupo de extermínio em Niterói e, pelo que tudo indica, a execução foi de autoria desse mesmo grupo.
Falar em assassinatos e execuções no Rio de Janeiro parece um assunto tão comum quanto comentar o último capítulo da novela. Muita gente é assassinada e executada todo ano.
Por falar em execuções e assassinatos, ontem eu estava assistindo a um programa na Rede Brasil que tratava das execuções pela polícia. Por sinal um programa muito triste e interessante. Havia a participação do Deputado Estadual do RJ, Marcelo Freixo, de Marcelo Yuka, MV Bill, delegados, juízes, sociólogos. No programa discutia-se o problema das ações ilegais da polícia e, como uma das respostas, afirmou-se que a polícia é arbitrária porque é o espelho de uma sociedade desestruturada, doente.
Marcelo Freixo comentou algo assim: “todas as bocas de fumo do Rio tem o aval de funcionamento autorizado pela polícia”, “a polícia é conivente com o crime”. As afirmações não deixam de ser verdadeiras e sinceras e, talvez, numa forma de completarmos o raciocínio, poderíamos afirmar também que “o problema do Rio de Janeiro não são os bandidos, os traficantes, mas, sim, a polícia”.
Nessa névoa de barbárie, a juíza Acioli foi assassinada, e, pelo que tudo indica, por supostos policiais. Uma vergonha.
A minha preocupação é que o assassinato de um representante legal do estado de direito não pode ficar sem solução, muito menos, impune. É atentatório à segurança, não só dos cidadãos de bem, mas do próprio país.

(Por Franco Aldo – 12/08/2011 – às 09:07hs)

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