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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Suspeita de Aproveitamento de Pilotos Reprovados em Inglês nos Voos Internacionais da TAM

TAM usa pilotos reprovados no inglês em voo ao exterior

A TAM decidiu liberar pilotos reprovados em teste de inglês a trabalhar em voos internacionais -o que contraria regulamentos de aviação brasileiro e internacional.
A decisão da TAM ocorreu após 13,8% dos seus cerca de 370 pilotos de voos internacionais terem sido reprovados em um teste de revalidação de inglês em abril e maio.
A informação é de reportagem de Ricardo Gallo publicada na Folha desta terça-feira "(íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A empresa, no entanto, diz que os reprovados só operam quando a aeronave está em território nacional e que, ao entrar no exterior, outro piloto assume o posto. Segundo a TAM, o índice de reprovados caiu para 5%, após parte deles se submeter a novos testes.
Uma ordem mal compreendida em inglês contribuiu para a colisão entre dois aviões em pleno ar na Índia, em 1996. O piloto de uma das aeronaves descera a um nível diferente daquele autorizado pela torre de controle. Morreram no acidente 349 pessoas.
Para a Anac, o 'objetivo' da norma que exige nível mínimo do idioma não foi desrespeitado, em razão de o piloto reprovado trabalhar apenas em território nacional. A FAA (agência americana) e a Easa (europeia), onde estão oito dos 19 destinos internacionais da TAM, investigam o caso.

(Por Folha. Com – 02/08/2011 - 08h39)


Quando o assunto é aviação e o tema em questão diz respeito à segurança de vôo, tudo deve ser bem esclarecido e, se possível, investigado, antes que o último dominó caia e a tragédia seja consumada.
Usar pilotos reprovados em curso de inglês para vôos internacionais parece uma aberração, uma coisa sem cabimento. Não acredito que a TAM tenha tanta petulância a ponto de, mais uma vez, arriscar a ser protagonista de mais uma tragédia. Por sua conta, centenas de pessoas perderam a vida em acidentes, até hoje, mal explicados; o Focker 100, em 1996, e o Air Bus em 2007, ambos no apertado e horrível aeroporto de Congonhas (SBSP), em São Paulo.
A resposta da companhia aérea não poderia ser mais estranha. No meu humilde ponto de vista, todo piloto de uma grande companhia, como a TAM, por exemplo, independente se voa apenas em território nacional, deve saber o mínimo de inglês para poder operar com uma aeronave. É inadmissível um piloto de um Air Bus não ser proficiente no inglês usado na linguagem aeronáutica.
O estudo da língua inglesa faz parte do treinamento de pilotos, comissários de bordo, controladores de vôo, especialistas em informações aeronáuticas e toda a equipe envolvida, seja na manutenção de aeronaves, seja no controle de tráfego, seja no voo propriamente dito. Portanto, o piloto que voa, mas não sabe os requisitos básicos da língua inglesa e tem deficiência no inglês técnico, não pode possuir um brevê, muito menos assumir o risco de despedaçar a vida de centenas de pessoas.
O mais vergonhoso é que para a ANAC está tudo bem. Os órgãos de controle de outros países como a FAA (americana) estão de olho, pois muitos vôos internacionais da TAM têm destino o solo americano.
Seja como for, a informação denigre a imagem da TAM e põe mais uma vez em check, no cenário internacional, o nível de seriedade da aviação brasileira.

(Por Franco Aldo – 02/08/2011 – às 12:37hs)

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