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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Copa do Mundo e Olimpíadas – A Farra com o Dinheiro Público

Num país como o Brasil, onde tudo carece de planejamento e fiscalização, realizar eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, nas circunstâncias em que o país se encontra, parece mais uma grande oportunidade para aqueles que se aproveitam do dinheiro público em benefício próprio. E não precisa ser nenhum observador astuto para perceber que a demora em determinadas obras tem por único objetivo fragilizar a burocracia de controle nas licitações para as contratações de grandes empresas de construções.
Assim como o Pan no Rio, várias obras estão se encaminhando para o estado de emergência, dispensando assim a livre concorrência que tem por objetivo facilitar uma melhor oferta nos preços e na qualidade dos serviços. Serão as empresas dos políticos, dos parentes dos políticos, dos amigos dos políticos que abocanharão uma grande parcela de dinheiro público em obras que poderão estar bem acima do que realmente valeriam.
Além disso, temos as descaradas escolhas das capitais que sediarão os jogos da copa. Pra quê 12 capitais? Para que os brasileiros de todas as regiões possam assistir aos jogos? Se for isso, estamos diante de uma grande falácia, pois não será o povão que preencherá as arquibancadas nos jogos. Quem terá bala na agulha para bancar um ingresso de 250 ou 300 reais?
Manaus e Cuiabá são as capitais que em nada justifica as suas escolhas. Fica evidente a intenção política, pois grande parte do dinheiro público será escoado para esses centros. Além do mais, o que será dos estádios novos construídos depois dos jogos? É bom lembrar que Amazonas e Mato Grosso têm campeonatos regionais de futebol falidos.
Falta pouco mais de 3 anos para a Copa do Mundo do Brasil. Em pouco tempo vamos ser responsáveis pela realização de jogos mundiais em nosso país, mas, mesmo assim, continuamos com aeroportos deficientes, cidades com problemas de segurança e com meios de transporte deficitários. Sem falar na saúde, na educação e na infraestrutura de base.
Pelo visto, como tudo aqui é de improviso, vamos ter esses grandes eventos, mas do nosso jeito; longe da organização, do planejamento e da seriedade de outros países mais civilizados que sediaram outros mundiais.
Vamos ver no que vai dar e aguardar o surgimento dos escândalos. Só espero que se surgirem, pelo menos sejam punidos aqueles que devam ser punidos.

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