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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Palocci é Suspeito de Enriquecimento Ilícito

Oposição cobra que Palocci explique o aumento de seu patrimônio

A oposição pediu esclarecimentos ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre sua evolução patrimonial desde 2006.
Reportagem publicada hoje pela Folha mostra que o patrimônio do titular da pasta cresceu 20 vezes nos quatro anos em que ele esteve na Câmara dos Deputados --período imediatamente posterior à passagem dele pelo Ministério da Fazenda, no governo Lula.
Palocci diz que declarou bens à Comissão de Ética Pública
Eliane Cantanhêde: o apartamento de R$ 7 milhões
Em 2010, Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões; um ano antes, um escritório de R$ 882 mil. Ambos os imóveis ficam na região da avenida Paulista, área nobre de São Paulo, e foram adquiridos por meio de uma empresa da qual o ministro é sócio principal (ele tem 99,9% do capital).
Em 2006, quando se elegeu deputado federal, Palocci havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 375 mil, em valores corrigidos pela inflação.
Como deputado, entre 2007 e 2010, Palocci recebeu em salários R$ 974 mil, brutos.
O PPS prometeu acionar o Conselho de Ética da Câmara para apurar a conduta do ex-parlamentar. O PSDB pediu que o chefe da Casa Civil preste esclarecimentos à sociedade. Já o Democratas instou a Receita Federal a se pronunciar sobre o caso.
"É melhor o ministro esclarecer qual a renda da sua empresa, quais os serviços prestados e qual o lucro que obteve com ela. Como homem público, não tem razão para não dar explicações", disse o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).
Já o senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que "a Receita deve se pronunciar a respeito". "Palocci precisa explicar a origem desse dinheiro", afirmou Rubens Bueno, líder da bancada do PPS na Câmara.

NOTA OFICIAL

Na tarde deste domingo, a Casa Civil soltou uma nota. Diz que a evolução de Palocci, pessoa física, consta de sua declaração de renda e que as atividades da empresa foram reportadas à Comissão de Ética da Presidência da República quando da posse do ministro.
A assessoria de imprensa afirma que a empresa de Palocci, a Projeto, prestou serviços para a iniciativa privada e que os dois imóveis foram comprados com recursos próprios.
A Casa Civil não informou para quem a Projeto trabalhou, quem entrava em contato com clientes, qual foi o faturamento do negócio, como era a rotina de Palocci na empresa e se o ministro relatou à Presidência a compra do apartamento e da sala comercial.

(Folha. Com - 15/05/2011 - 16h53)

No primeiro mandato de Lula como Presidente do Brasil, quem dava verdadeiramente as cartas era o, então, Chefe da Casa Civil, o todo poderoso José Dirceu. Na época, muitos escândalos do Governo Lula tinham como origem as ordens de Dirceu que teve a sua imagem totalmente jogada na lama. O escândalo que derrubou Dirceu foi o ‘mensalão’; uma articulação nefasta do Executivo na compra de votos por apoio político no Congresso Nacional.
Com as acusações de Roberto Jeferson e o surgimento de diversos indícios de participação de Dirceu nas sujas articulações do PT na compra de apoio político e ‘venda’ de cargos públicos, além de ter deixado a Casa Civil na marra, Dirceu foi cassado pela Câmara dos Deputados por falta de decoro parlamentar.
E mais ainda, no primeiro mandato de Lula, a cada esfriamento de um escândalo, surgia outro. Foi assim que o então Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, surgiu como uma nova figura petista a ser investigada, tudo devido às suspeitas de seu envolvimento com a obscura morte do Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Depois veio o escândalo da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro de Palocci, Francenildo Santos Costa que, na época, confirmou várias acusações de um comportamento obscuro por parte do Ministro da Fazenda; nada condizente com seu importante cargo. Ficou claro que a quebra do sigilo bancário de Francenildo foi por pura vingança. Foi a gota d’água.
Quando Dilma foi eleita Presidente do Brasil, pelo menos para mim, não seria surpresa alguma a volta de pessoas de caráter duvidoso no comando dos principais órgãos de manipulação da política brasileira. Tai o Senhor Antonio Palocci que não me deixa mentir. O outro, José Dirceu, só não está com uma importante função pública porque foi punido, ou melhor, condenado. Em outros termos, está impedido de trabalhar temporariamente em qualquer função pública, pois não tem caráter, muito menos escrúpulos de tocar naquilo que é público; um bandido.
E agora as suspeitas de enriquecimento ilícito de Palocci! Bandido existe em qualquer nível ou classe social, não precisar ser apenas em favelas ou ser detentor de um ensino fundamental incompleto, basta apenas que o identifiquemos para daí aplicarmos o tratamento que merece.

(Por Franco Aldo – 16/05/2011 – 08:29hs)

2 comentários:

  1. Como é que uma pessoa fecha uma empresa que é altamente lucrativa (multiplicou o patrimônio do dono por 20) para ser ministro? Onde está a lógica disto?E o governo ainda defende esta promiscuidade. Mas, não podia ser diferente, depois de tudo que presenciamos nestes anos petistas. Aliás, não é só petista, não. A corrupção corre na veia de quase todos os políticos deste país, em que a impunidade reina.

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  2. Infelizmente temos muito que aprender, ou melhor, aprender a aprender ser cidadão, pois por mais que observemos tais aberrações, falta um pouco de movimentação cidadã, de exigência de novas posturas.
    É só o início do Governo Dilma...

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