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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Blatter, Teixeira e a Farra do Futebol

CBF quer SP fora, revelam cartolas.
Dirigentes da Fifa dizem que entidade não tem interesse na exclusão da maior cidade do país do evento e creditam pressão contra paulistas à confederação.


ZURIQUE - A CBF está por trás da pressão sobre São Paulo e das ameaças de deixar a cidade de fora da Copa de 2014, e não a Fifa. A revelação foi feita por dirigentes da entidade que conversaram com o Estado sob a condição de que seus nomes não fossem divulgados.
Eles garantem que a pressão vem diretamente do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e asseguram que a Fifa não tem interesse em ver a cidade excluída.
"A ideia deles (CBF) é mesmo concentrar as atividades no Rio de Janeiro. Isso vem de Ricardo (Teixeira)", assegurou Geoff Thompson, ex-vice-presidente da Fifa - ele deixou o cargo nesta quarta-feira e, exatamente por isso, se sentiu à vontade para falar.
A relação de Teixeira com o PSDB, partido que governa São Paulo há 16 anos, é conflituosa desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Foi na administração do ex-presidente que duas CPIs investigaram os negócios do cartola, no cargo desde 1989. E quando iniciou-se a guerra aberta do dirigente contra expoentes do tucanato paulistano, como Silvio Torres (ex-deputado que relatou a CPI dedicada a investigar o contrato entre CBF e a Nike).
Teixeira, que nunca teve interlocução com o atual governador do Estado, Geraldo Alckmin, também é amigo pessoal do senador Aécio Neves (PSDB-MG), neste momento envolvido numa disputa interna na sigla com correligionários de São Paulo.
A cidade se transformou na maior polêmica da Copa porque demorou a equacionar problemas políticos e financeiros para a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera.
Por causa disso, foi excluída da Copa das Confederações e está sob a ameaça de perder a cerimônia de abertura do Mundial.
Para Thompson, não há como pensar a Copa sem a maior cidade brasileira. "São Paulo precisa entrar e vai ser mantida. É muito importante", afirmou.
Nesta quarta, a Fifa disse que está "tudo sob controle" com relação à preparação do Brasil. "Temos apoio da nova presidente do Brasil (Dilma Rousseff), que nos deu garantias de que problemas serão superados nas áreas de aeroportos, transporte e acomodação", disse o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.


(Por JAMIL CHADE - Enviado especial - O Estado de S.Paulo - 02 de junho de 2011 | 0h 00)

O Mundial da FIFA de 2014 se aproxima, e, a cada dia, indícios de sujeira vêm à tona, seja do lado de lá, FIFA, seja do lado de cá, CBF.
Que Ricardo Teixeira sempre foi suspeito de cometer irregularidades fiscais com as movimentações bilionárias da CBF, até aqui, não é nenhuma novidade. Nas últimas semanas, porém, os holofotes tiveram como foco a entidade maior do futebol, FIFA, tendo como personagem principal seu reeleito presidente, Joseph Blatter. Blatter, assim, como Teixeira, são suspeitos de abusar de seus cargos na FIFA para poderem barganhar ‘presentinhos’ em troca de apoio na escolha dos países candidatos a sediar a Copa do Mundo. Foi a Federação Inglesa de Futebol (FA) a responsável pelas denúncias de corrupção que gerou a maior crise até hoje vivida pela entidade maior do futebol.
Mesmo com todo o clima turbulento, Blatter conseguiu se reeleger presidente da FIFA por mais 4 anos, abafando um pouco a crise política.
Por aqui, Teixeira continua demonstrando que não é flor-que-se-cheire. Desde a recusa do Estádio do Morumbi como um dos estádios da copa, até a novela infindável do estádio do Corinthians, são provas de que a relação política entre a CBF, o governo de SP e com alguns dirigentes de clubes paulistas não é nada boa.
Acho improvável que São Paulo fique de fora da Copa, mas essas futricas fazem parte do dia-a-dia por aqui; pois há muito pouca ação e muito blá-blá-blá.
O circo está armado. O dinheiro está rolando aos bilhões e o povo está sendo iludido com um espetáculo que será, talvez, inacessível, apesar de ser bancado por todos. Como em outro lugar qualquer, restará a TV e conta salgada ao fim de tudo.

(Por Franco Aldo – 03/06/2011 – às 11:31hs)

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