Hoje eu quero trazer ao Botequim um pouco de história, mas uma história tipicamente brasileira; a velhacaria em suas formas mais originais, com uma pitada de folclore e lenda.
Quem já ouviu falar na incrível história do boi voador de Recife?
Eu ouvi, mas foi num samba-enredo da Estácio de Sá de 1988, “O boi dá bode”, aliás, um samba que marcou o carnaval de 88:
“Em Pernambuco...
Ouvi contar que "Maurício de Nassau"
Por uma ponte fez o boi voar
Foi 171 que enganou o pessoal
No compasso...
Oi, joguei o laço pra pegar o boi (que fracasso...)
Que fracasso
Não sei pra onde o mandingueiro foi
Se matar esse boi
O mocotó é meu
Pra pagar a corrida
Que esse boi me deu”
Quem nos conta com mais detalhes essa curiosa história é a Revista Nossa História, da Biblioteca Nacional, com base na obra de Frei Manoel Calado.
“Quem foi, quem foi, que falou no boi voador?” A canção de Chico Buarque e Ruy Guerra parece apontar para uma história fantástica, uma fábula, uma lenda tirada do nosso folclore. Mas não, aconteceu mesmo. O boi voador foi uma invenção do príncipe Maurício de Nassau, e voou de fato no céus do Recife, no dia 28 de fevereiro de 1644.
O governador holandês, famoso pelo seu espírito empreendedor, precisava de recursos para financiar uma ponte sobre o rio Capibaribe que mandou construir – aliás existente ainda hoje, com o nome de Ponte Maurício de Nassau.
Preparou então uma grande festa e anunciou ao povo que, no final da tarde, um boi iria voar.
Seu plano incluía a cobrança de determinada quantia a quem atravessasse a ponte para ver o espetáculo. E deu certo.
O boi de Nassau era, na verdade, um animal empalhado. Na hora combinada, arranjaram um boi manso e o fizeram ‘subir ao alto da galeria, e depois de visto do grande concurso de gente que ali se ajuntou”, o meteram “adentro de um aposento, e dali tiraram o outro boi cheio de palha e o fizeram vir voando por umas cordas com um engenho, e a gente rude ficou admirada (...)”.
O boi foi suspenso entre as duas torres do Palácio Friburgo, sede do governo, à custa de um sistema de roldanas operado por marinheiros holandeses, e dizem até que deu cambalhotas no ar. Com esse expediente Nassau arrecadou, segundo Frei Manoel Calado, oitocentos florins, o que era muito dinheiro na época. E, por que não dizer, acrescentou aos seus títulos o de inventor do pedágio no Brasil.
Em “O valeroso Lucideno e triunfo da liberdade”, de frei Manoel Calado.
(Por Revista Nossa História – nº 7, ano 1, maio de 2004)
Oi, Franco! Tudo bem? Meu nome é Nina (se quiser saber mais pode visitar em www.ensaiosobreleitura.blogspot.com). Sou de Pernambuco. Estava pesquisando o boi voador e cheguei aqui. Achei lindo o desenho do boi e queria saber de quem é. Você poderia me dizer? bjs
ResponderExcluirOi Nina, boa noite.
ResponderExcluirDesculpe pelo atraso. No momento estou viajando e não tenho a informação comigo, mas assim que chegar em meu escritório, vou disponibilizar pra vc.
Bjos.
estava pesquisando sobre o boi voador e achei muito bonito e emngraçado!!!kkkk
ResponderExcluirA história do boi voador do Recife faz parte de um compêndio que retrata o nascimento dos dotes velhacos de uma nação miscigenada, rica das mais variadas culturas.
ExcluirComo você mesmo disse, é muito engraçado.
franco gostei mt dessa historia tenho 10 anos e gosto mtttttttttttttttttttt de história mt obg vç me ajudou mt na minha tarefa
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