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terça-feira, 21 de junho de 2011

Polícia Federal Prende Prefeito e 1ª Dama de Taubaté

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira, 21, o prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto (PMDB), a primeira-dama Luciana Peixoto e o ex-gerente do departamento de compras da prefeitura, Carlos Anderson Santos. As prisões fazem parte da Operação Urupês, que investiga supostas irregularidades em licitações de compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar. O esquema teria o envolvimento de empresários, políticos e funcionários públicos. Um cerco policial é realizado desde as 6h da manhã na cidade, localizada a 125 km de São Paulo. Advogados da prefeitura tentam conseguir pedido de habeas-corpus.
O Tribunal Regional da 3ª Região expediu 13 mandados de busca e apreensão (dez na região de Taubaté e três na cidade de São Paulo), além de três mandados de prisão temporária. Todos os mandados foram cumpridos. Ao todo, 54 policiais federais participaram da ação.
Na frente da casa do prefeito, uma multidão de populares e imprensa acompanha a ação policial. Neste momento, oficiais estão na casa de Roberto Peixoto. Ele e a mulher devem ser encaminhados a São José dos Campos ainda nesta manhã. De acordo com a Polícia Federal, a prisão temporária de cinco dias dos suspeitos tem o objetivo de não atrapalhar as investigações.
A Operação Urupês, em referência a uma das obras mais famosas do escritor Monteiro Lobato, faz buscas no Departamento de Ação Social da cidade, em um escritório na região central e na casa da filha do prefeito, localizada em um condomínio de alto padrão na estrada nova Taubaté-Tremembé. A investigação começou em 2009 para apurar o desvio de recursos financeiros repassados pela União. São investigados os crimes de fraude à licitação, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
As denúncias de fraude em licitações também são investigadas por uma Comissão Processante da Câmara de Vereadores da cidade. Entre as irregularidades estariam a falta de licitação na compra de remédios e um superfaturamento de R$ 3 milhões.

(Por Gerson Monteiro, especial para o Estado de São Paulo – 21/06/2011 às 11h00)

Há alguns dias, a Rede Globo apresentou no Fantástico uma matéria sobre o desvio de verbas públicas da merenda escolar em municípios de vários estados brasileiros. A cidade de Taubaté, interior de São Paulo, foi um dos municípios denunciados.
Infelizmente, parece até um fato corriqueiro, aqui no Brasil, o desvio de verbas públicas destinadas à saúde e, principalmente, à educação. Mas, o escândalo das verbas da merenda escolar em Taubaté se tornou escândalo porque o desvio das verbas, ou melhor, o roubo foi na cara dura, a olhos vistos. E isso foi apenas uma pequena ponta do iceberg.
Entretanto, longe de se entrar em questão os mais diversos interesses políticos da região, o fato é que o escândalo envolvendo a família Peixoto, uma das mais tradicionais em Taubaté, foi um duro golpe à sociedade taubateana.
Mas não é a primeira vez que Roberto Peixoto é acusado de corrupção, aliás, em sua carreira política, de santo não tem nada.
Roberto Pereira Peixoto é engenheiro civil e foi eleito Prefeito de Taubaté, em 2004, para o primeiro mandato (2005-2008). No dia 5 de Outubro de 2008, Roberto Peixoto foi reeleito para o mandato (2009-2013), tendo como vice a petista Vera Sába. Além de prefeito, exerceu o cargo de vereador, tendo sido também presidente da Câmara Municipal de Taubaté. É considerado por grande parte da população taubatena como sendo o pior prefeito da história da cidade, visto a péssima administração e suspeitas de desvio de verbas públicas.
A Câmara Municipal de Taubaté, em sessão no dia 15 de abril de 2009, aceitou o parecer do Tribunal de Contas da União, que rejeitava as contas municipais do ano de 2005, primeiro ano do mandato de Peixoto. As contas foram rejeitadas pelo tribunal e pela Câmara por diversas irregularidades, dentre as quais destaca-se o não pagamento de precatórios da prefeitura.
O prefeito e a 1ª dama estão presos, cabem, agora, as autoridades investigar as acusações. Mas longe de cruxificar o inevitável, é curioso como uma sociedade reelege um candidato que é suspeito de corrupção e desvio de verbas públicas em seu primeiro mandato. É por isso que, na concepção política, político não comete crime de “roubo”, apenas tudo é perseguição política.
A minha esperança é que tudo seja apurado. Os responsáveis punidos com cadeia e, principalmente, o dinheiro desviado seja restituído aos cofres públicos.

(Por Franco Aldo – 21/06/2011 – 11:05hs)

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